**Capítulo 52**

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• Marina •

Um sorriso enorme estava estampado no meu rosto enquanto eu observava os confetes lilás caírem dos balões.

Janaina já chorava abraçada junto ao Fernando e com o Diogo abraçando suas pernas.

Meu coração batia fortemente dentro do peito, e uma felicidade enorme me atingiu, que fiquei até sem ar por alguns momentos.

Meus olhos chegaram a marejar, e quando finalmente consegui chegar até a Janaína - depois de esperar quase todos os convidados darem os parabéns, eu abracei ela fortemente.

Ela encostou a cabeça em meu ombro, ainda chorando, e dando risada ao mesmo tempo. Levei uma das minhas mãos até sua barriga, onde fiz um carinho suave.

Janaína: Duas menininhas, Mari. Meu Deus, eu tô...

Marina: Parabéns amiga. Parabéns. Eu estou tão feliz por ti. - me afastei um pouco dela, e olhei em seus olhos. - Eu amo vocês.

Janaína: Eu também te amo. Muito. - ela disse baixinho.

Voltei a abraçar ela, e ficamos ali em silêncio por longos minutos. Senti uma das gêmeas chutando a barriga da Jana e naquele momento tive a completa certeza de que a Janaína, o Diogo e agora as gêmeas eram minha verdadeira família.

Aqueles que eu sabia que sempre estariam ao meu lado. Não importasse o momento.

Quando, finalmente, me separei dela e fui atrás do Luan, eu já estava com o rosto inchado e vermelho de tanto chorar.

Luan assim que me viu, deu uma fraca risada e veio me abraçar. Depositou um beijo suave no topo de minha cabeça, e me apertou em seus braços.

E assim que ele iria abrir a boca para dizer alguma coisa, seu celular tocou, e um estrondo altíssimo veio.

- Invasão. - alguém gritou. - A polícia tá subindo.

******

Eu estava desesperada, sem saber o que fazer enquanto tentava correr em direção ao barraco protegido aqui no Pavãozinho. Tinha que ir pra lá antes que a polícia conseguisse subir de uma vez até aqui.

De longe se ouvia os barulhos de diversos e diversos tiros. Cada vez mais próximos.

E isso me aterrorizava.

Luan não estava aqui comigo. Tinha ido para a linha de frente defender a favela dele, e por mais que fazer essa merda não passasse de sua obrigação, eu queria ele aqui comigo correndo para se esconder e sair vivo no final.

Mas não, ele estava lá, combatendo de frente todos os soldados que Yumi mandou atrás de mim.

Ouvi um dos seguranças que estavam comigo dizendo que poderiam até chamar o exército para pacificar esse complexo se não saíssem daqui comigo.

Por um momento tentei convencer o Luan a deixar Yumi vir atrás de mim, o que seria muito melhor do que o exército pacificar esse complexo e acabar com a vida de geral, inclusive das pessoas que amo.

No entanto, ele não deixou, disse que era uma loucura completa eu tentar me entregar para a Yumi, que eu sairia morta no final de tudo e então me mandou para o barraco que temos aqui no Pavãozinho.

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