( Chuuya )

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Entro fazendo o maior cuidado possível.

Pego alguns livros, dentre eles o de mistério que prometi pra Ranpo que iria ler.

Escuto a porta da janela ser fechada bruscamente.

Ao me virar vejo o homem que estava dormindo na minha cadeira.

Ele tinha acordado e estava quase me fuzilando com o olhar.

Ele tinha longos cabelos laranja-avermelhados e uma pele branca-amarelada, vestia roupas com cores marrom, roxo e preto e um chapéu preto.

Ranpo tinha ficado do lado de fora, justo agora.

Ele não dizia nada e eu muito menos, era um silêncio infernal.

Não ia passar por ele de jeito nenhum.

Ando em direção a porta.

__ Ah você não teria coragem. Ele diz calmo mas com um tom ameaçador.

__ Por isso não. Digo abrindo a porta e saio fechando com calma.

Assim que escultou o estalo do fecho da maçaneta corro em disparada a qualquer lugar que não seja ali.

Quando estou consideravelmente longe scuto a porta ser escancarada

AH MAIS ESSE CARA ME PAGA.

MINHA SALA, MINHA COISAS, MINHA PORTA.

Vá a merda cabelo de mestruação ambulante.

Cadê meu Death Note?

Passo pelo refeitório e...

COMIDA.

Acho que Ranpo não vai se incomodar se eu demorar mais um pouquinho.

Entro e coloco os livros em uma bolsa que achei bolando por lá e me concentro nos lanches me oferecidos.

São todos de hoje, bom por enquanto.

Olho para o relógio.

Já eram oito horas da noite.

__ CADÊ ELA??? Escuto o demônio ruivo gritar de longe.

Ele aparece na porta com um olhar que parecia matar qualquer um.

__ Você não sabia que é falta de educação atrapalhar a refeição dos outros? Pergunto sem me importar com sua presença ali.

__ Você já foi esmagada pela gravidade mocinha? Ele pergunta putasso.

__ Todos já cairam um dia. Digo depois de engolir um pedaço considerável de bolo.

__ Pare de comer, levante e venha me enfrentar. Ele diz.

__ Não da! Eu não tenho habilidade, seria suicídio. Digo e ele parece mais zangado com a ideia de suicídio do que eu ter negado.

__ Você não conhece um cara chamada Dazai não né? Ele pergunta me fazendo engasgar.

__ MAN TODO MUNDO CONHECE ESSE HOMI? Pergunto gritando e indo na geladeira atrás de água.

__ Você é da ADA? Ele pergunta e nego com a cabeça.

__ Só tenho amigos lá. Digo.

__ Mas o Dazai, só conheço porque ele vive vindo aqui no hospital comprar curativos pros suicídios dele. Digo.

__ Se ele quer se matar, porque não faz isso de uma vez? Pergunto confusa e o ruivo me olha surpreso.

__ EXATAMENTE! Ele diz claramente empolgado e feliz.

Odeia tanto ele assim?

__ Eu vou deixar você sair só por causa disso. Ele diz.

__ Ah muito obrigada. Digo.

É só falar mal do Dazai e eu consigo viver. Entendi.

__ O que você veio fazer aqui, não parece ter sido enviada pela agência? Ele pergunta.

__ Ah eles nem sabem que eu estou aqui, só o Ranpo na verdade. Digo.

__ Ah sim você deixou ele do lado de fora. Ele diz rindo.

__ Foi você que deixou a porta. Retruco e ele desfaz o riso.

__ Você não respondeu minha pergunta. Ele diz.

__ Bom pra resumir, vocês mafiosos malvados atacaram o hospital, eu tive um ataque de pânico e a Yosano não me deixava sair da cama, fiquei com tédio e tive a brilhante ideia de sair escondida, vir para cá pegar alguns livros para passar o tédio, Ranpo me seguiu e quando chego aqui tem um anão revoltado na MINHA sala e que queria me matar, agora estou falando para esse ser de baixa estatura o porquê que vim aqui. Digo e ele não parecia nem um pouco irritado.

__ Quando eu disse que o Ranpo era baixo ele ficou bravo. Digo.

__ Garota eu só não te dou uma voadora na fuça, porque você falou mal do Dazai, agora vaza daqui anda, antes que os outros te vejam. Ele diz me empurrando pra fora do refeitório.

__ Tá, tô indo. Digo e quando voltamos a minha sala Ranpo estava lendo um dos livros e comendo uns lanches e vinho que estavam encima da mesa.

__ M-meu v-vinho. O ruivo diz quase chorando com a mão em direção ao vinho que estava praticamente cheio.

__ Mas ele nem bebeu tanto assim. Digo.

__ Ei você! Eu dou cinco segundo pra você e sua namorada saírem daqui agora. Ele diz e Ranpo se levanta da cadeira sacodindo a capa.

__ Não vamos criar uma bagunça na sala da Marie né. Ele diz pegando minha mão e saímos por onde tínhamos entrado.

__ CONSERTE MINHA PORTA OUVIU? Grito enquanto corremos pelo gramado até saímos do hospital.

Fanática - Ranpo Edogawa (BSD)Onde histórias criam vida. Descubra agora