( Invasão )

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Narrador POV

Yokohama, uma cidadezinha portuária localizada na região de Kanto no Japão, é onde nossa estória começa.

As três da madrugada é completamente normal as pessoas estarem dormindo, a nossa protagonista estava desempenhando essa função perfeitamente.

A garota dormia em sono profundo, a luz da lua atravessava a janela iluminando o quarto, seu telefone tocava sem parar, isso porque os vizinhos já teriam reclamado da campainha.

A garota continuava dormindo e parecia que nada era capaz de acorda-la.

Até que a porta foi arrombada e a luz acessa.

Uma garota de cabelos curtos e escuros entra no quarto furiosa, sobe na cama e começa a chacoalhar Marie, nossa protagonista.

Marie olha pra garota a sua frente e com os olhos pesados, se a garota a soltasse ela caia na cama de tão mole que estava.

__ EU TE LIGUEI VÁRIAS VEZES!  A garota gritava e Marie concordava com "Hum " deixando a primeira mais furiosa.

__ ACORDAAAAA!!! Ela grita chacoalhando ainda mais Marie que tem um sobressalto.

Marie boceja e esfrega as mãos nos olhos e parecia que só uma parte de sua alma retornava pro seu corpo.

Ela olha em sua volta pra ter certeza de que estava no seu quarto, percebe que o mesmo estava uma zona, ela nota mais duas garotas no lugar onde deveria estar a porta, elas olhavam assustadas pras duas na cama.

__ Akiko? Marie volta sua atenção a garota na sua frente e logo após solta outro bocejo.

__ A porta? Marie pergunta ainda sonolenta.

__ QUE SE DANE SUA PORTA! POR QUE NÃO ME ATENDEU? Yosano grita mais uma vez, nunca a vira tão zangada.

__ Ah sim...  Foi mal, entrem vocês também. Marie se desculpa e chama as outras e se dirige pra cozinha.

As outras entram um pouco receiosas e Yosano as leva pra pequena sala entre o quarto e a cozinha.

Um silêncio agradável toma o ambiente.

Marie não estava entendendo nada, mas sabia que discutir estava fora de questão, muito menos com Yosano, da última vez que brigaram, Marie foi obrigada a fazer um check-up e acredite, Yosano não é la a melhor médica do mundo.

Marie volta pra sala com uma bandeja com quatro cafés e quatro pedaços de bolo.

Depois de servir as meninas, ela olha pra Yosano esperando uma explicação pelo incidente.

__ Ah sim, prescisavamos de ajuda, estávamos numa festa aí, bem nos perdemos e... bom achamos seu apartamento. Yosano diz sem graça, claramente envergonhada por Marie perceber que estava bêbada.

__ A propósito essas são Naomi Tanizaki e Kirako Haruno. Yosano diz.

__ Meninas essa é Marie, fizemos faculdades juntas… Ah bons tempos! Yosano diz vagarosa enquanto segurava a xícara de café.

__ Prazer em te conhecer! As três se cumprimentam e quando percebem Yosano já tinha capotado na mesa.

Naomi e Kirako riem enquanto Marie a observa com vergonha alheia da amiga.

Uma curiosidade da Marie é que ela não bebe nenhum tipo de bebida alcoólica.

Motivos? Bom talvez por ela ficar doidinha só tomando Toddynho sem agitar. Mesmo sendo fraca, nunca proibio Yosano de tomar, mas sempre tinha que cuidar dela depois das festas e isso era um pouco cansativo.

A cena de Yosano capotada na mesa despertou várias lembranças doidas de Marie que soltou um suspiro antes de rir com as meninas.

Passaram-se poucos minutos e todas elas já estavam dormindo em conchões pela pequena sala.

Marie estava no seu quarto, não conseguia dormir e estava um pouco brava por Yosano tê-la acordado, na escrivaninha, seu diário estava lá, com a página marcada.

Ranpo Edogawa.

Com toda essa bagunça, Marie esqueceu dele pelo momento, contudo lembrou que deveria ter sonhado com ele antes de Yosano a acordar o que fez a raiva anterior ficar um pouco maior.

__ Você me deve um açai senhorita Akiko. Marie diz olhando o nome escrito no seu diário e fechando logo em seguida.

Marie volta pra sua cama na esperança de que voltaria a sonhar com seu amado.

O que não aconteceu, pois mal fechou os olhos e já foi acordada pelo seu despertador, eram seis da manhã e mesmo que fosse impossível acorda-la, seu cérebro já havia se acostumado a acordar cedo para trabalhar.

Seu trabalho era simples: manter o celular ligado caso o hospital a chamasse ou acontecece uma emergência, isso quando se cansasse de ficar no hospital e resolvesse passear pelas ruas de Yokohama.

E foi em um desses passeios que o viu pela primeira vez.

Fanática - Ranpo Edogawa (BSD)Onde histórias criam vida. Descubra agora