__ Sabe, desde ontem... Ele diz mas para.
Parecia pensar...
Pensar bastante...
Como se não soubesse de algo.
__ Sabe, tem coisas me perturbando. Ele diz me deixando preocupada.
__ Eu fiz alguma coisa? Pergunto.
Assim, pelo que vejo em relacionamentos, quem se incomoda mais com as coisas são as mulheres.
__ Não, é que as vezes eu penso que, tipo, " Ontem realmente aconteceu? "
Ele diz fazendo aspinhas com as mãos o que me faz ri por ele ficar tão fofo.
__ E como eu disse anteriormente, não dá pra acreditar em alguém que se apaixone por outra pessoa sem a conhecer direito. Ele diz apontando o donuts pra mim.
Nem havia reparado neles aqui.
Sejam bem vindo donuts.
__ Tá bom eu te entendo. Você tem medo de não dar certo. Digo focando na xícara de chá a minha frente.
Chá? Que paia.
__ Bem, isso é normal certo? Ele pergunta e concordo.
__ Uma pergunta. Digo me alevantando da mesa.
Estávamos sozinhos.
Por uma razão do destino, não havia ninguém ali além de nós
__ Quando eu disse que gostava de você? Pergunto colocando uma mão na mesa e a outra na parte de cima da cadeira dele.
Ele me olhava com os olhos arregalados, mas parecia pensar.
__ Ontem, quando eu falei que sabia que você estava apaixonada por mim, bom na verdade você não disse. Ele diz rindo claramente desapontado por perceber isso.
Eu nunca disse.
Nunca falei pra ele que gostava, amava ele.
__ Eu achei que não era nescessário para o senhor melhor detetive do mundo. Digo e ele me olha com uma expressão um pouco triste.
__ Eu acho que você deve saber que o que eu tenho não é uma habilidade, Chuuya te contou. Ele diz desviando o olhar.
Ele parecia uma criança admitindo alguma traquinagem pra mãe.
__ Ranpo. Chamo sua atenção mas mesmo assim ele não olha pra mim.
Volto pro meu lugar e seguro a bolsa que estava carregando desde de manhã.
Nela continha livros e alguns lanches estragados que peguei ontem no refeitório do hospital.
( Estragar comida... É realmente um crime, sinto muito Sanji )
Pego o livro.
Fico pensando que se não fosse por ele, a noite de ontem não teria ocorrido.
Começo a ler e Ranpo me olha surpreso, mas não me interrompe.
Ele apenas se alevanta e arrasta sua cadeira para o meu lado e ao se sentar debruça-se na mesa com o rosto voltado para meu lado.
Ele queria que eu dissesse algo a respeito.
Eu preciso dizer, não aguento vê-lo daquela forma, porém ele me pegou desprevenida.
Achava que tudo estava ok, porém não.
Continuava a ler sem prestar muita atenção na estória, minha mente estava longe, pensando...
Pensando em como dizer pra ele, que me importo.
Algo que o deixaria mais despreocupado.
Ler, pensar e ao mesmo tempo lidar com sua fofura eram coisas completamente difíceis.
Passo a mão nos seus cabelos e focando um pouco na estória, talvez se eu lesse um pouco poderia me inspirar pra dizer alguma coisa.
Não sei se mistério vá ajudar.
Mas comecei a ler justamente pra me dar tempo pra pensar em dizer algo.
Então terei que dar um jeito.
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Fanática - Ranpo Edogawa (BSD)
Fiksi PenggemarEle não era famoso nem nada, mas toda vez que o via o rumos da minha vida direcionaram a ele e tudo perdia o sentido. Isso pode ser tudo coisa da minha cabeça e eu nem goste dele tanto assim quando o conhecer de verdade, mas não quero pensar nisso.