( Memórias )

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Ranpo POV

O fogo estava se espalhando muito rápido.

Já estava entrando no quarto.

Já estava um pouco sufocado com a fumaça.

Olho para o lado e vejo Marie totalmente apavorada.

Ela não fazia nada, estava imóvel, estava com medo, eu podia sentir isso.

As vezes eu esqueço que já estou acostumado com situações assim.

Mas ela não.

__ Marie. Chamo ela e a mesma permanece paralisada.

__ MARIE! Grito correndo até ela que quase caí no chão.

Por sorte a seguro antes que aconteça.

__ Ei... Marie? Pergunto quase sussurrando ao ver que a mesma tinha desmaiado.

Seguro-a mais firme.

__ LUCY! Kunikida grita, num piscar de olhos, estavamos todos na dimensão dela.

__ Ranpo-san? Ela tá bem? Atsushi pergunta me fazendo soltar o ar que não percebi ter prendido.

__ Não sei, acho que foi um susto e tanto. Digo colocando-a em uma das camas que tinham lá.

__ Bom ninguém parece ter se machucado gravemente, daqui a pouco a Yosano vai chegar e checar o povo. Kunikida diz aparentando cansaço.

Sendo que o mesmo não fez nada.
Quem salvou todo mundo foi a Lucy.

Aconteceu muita coisa hoje.

A memória está me perturbando um pouco.

Nunca pensei que a veria daquele jeito.

Me sento em umas das cadeiras ao lado da cama.

Do outro lado da sala Atsushi falava alegremente com Lucy, esta dizia o quanto a franja mal cortada dele era bizarro e que deveria ajeitar.

Onde a maioria dos pacientes se encontravam, Kunikida e Yosano, que acabou de chegar, conversavam sobre os pacientes.

Mas um dia normal para a ADA.

Mas não para a Marie.

__ A senhorita não vai acordar não? Pergunto sem receber uma resposta.

__ Nem parece que minha manhã foi agitada por sua causa. Digo deixando soltar um pequeno riso.

Faz tempo que não me divirto assim.

E pior que desconfiava de você, vai ter que me perdoar.

Me diverti mesmo!

Tirando a parte do fogo.

A memória voltou, o cenário avermelhado, a sua expressão apavorada e paralisada.

Provavelmente estava pensando em todos que estavam ali.

Ou mesmo em si mesma.

Não foi nada divertido pra você não é?

Percebo que as palavras não saiam, mas olhava pra ela.

A única coisa que passa pelo meus pensamentos foi os acontecimentos de hoje de manhã.

Ela brava por que tinha dito que ela não parecia responsável.

Eu falando que ela era suspeita e ela tentando descobrir o porquê.

Ela tentando me deixar feliz dizendo que leria o livro todo para conversarmos depois sobre.

Nós correndo se nós esbarramos.

Ela impressionada com a Dedução Ultra.

Todos se impressionam, mas ainda assim, ela parecia está admirada.

O que me faz me lembrar de uma memória um pouco mais antiga que essa.

Duas semanas atrás, não faz tempo na verdade.

Mas não pude deixar de perceber, ela ficou pelo menos dez minutos me observando na livraria.

Acho que era por causa do livro, já que ela parece gostar muito deles e...

Fanática - Ranpo Edogawa (BSD)Onde histórias criam vida. Descubra agora