Fanática - Ranpo Edogawa (BSD)

( Primeira vez )

Marie POV

Será que eu pareço uma doida por ter escrevido o nome dele quarenta vezes no meu diário?

Acho que não.

Acabei de acordar e tento não fazer barulho para não acordar as meninas.

Comparadas à Akiko, as outras parecem anjos.

Tomo um banho de de vinte minutos e me arrumo.

Preparo um café rápido para acordar, o que não funciona muito.

Olho o relógio no meu pulso e percebo que ja eram 6:45, prescisava está no hospital às sete.

Sinto uma pontada de preocupação. Essa ansiedade ainda vai me matar. Não vai acontecer nada se eu chegar uns minutos atrasada.

Mas parece que minha cabeça não esculta.

__ Eu trabalho a quase um ano lá, não vai ter problema. Digo e olho mais uma vez pro relógio, 6:48.

__ Mas um xícara e eu vou. Digo enchendo minha xícara de café até o topo.

Saio um pouco apressada mais ainda recebo um bom dia sonolento de Akiko.

Retribuo com o sorriso, em vão, pois Yosano estava com as pálpebras fechadas.

A a porta e a brisa percorre por todo meu corpo me dando um mais um pouco de coragem para enfrentar o dia.

Passo pelo meu lugar favorito de toda Yokohama, uma livraria imensa que ficava a poucos metros do meu trabalho.

Passo por ela olhando em seu interior a fim de encontrá-lo, afinal foi aqui que o vi pela primeira vez, e na segunda, na verdade eu só o vi duas vezes.

E não, não é meu lugar favorito só porque o vi lá tá.

Só porque eu tenho uma quedinha, talvez um penhasco, pelo Ranpo, não significa que minha vida toda gire em torno dele.

Ele não estava lá, que pena , mas tudo bem, como se eu tivesse coragem de ir falar com ele mesmo.

Olho uma última vez pra ela, os livros estavam me chamando...

Livros, poucas pessoas dão valor, então porque são tão caros?

Parece que alguém aqui vai se atrasar.

QUE SE DANE!

Entro no local e logo a atmosfera muda e sou preenchida por uma imensa paz.

Começo a andar entres as milhares de prateleiras a procura de algum que me chame a atenção.

Tantas obras, autores, gêneros...

Tudo e um só lugar!

É como se dissessem: Me escolha!

Vamos fazer assim, unidunite eu escolho você!

Uns dos meus romances favoritos.

Não é ruim se iludir de vez em quando.

Outro livro me chama a atenção, logo percebo o porquê.

Era o livro que Ranpo estava lendo no dia em que o vi pela primeira vez.

Capa dura, azul escuro, sem título, nem autor, parecia ser bem antigo, páginas amareladas e algumas até desgastadas.

Flashback ON

Primeira vez que eu vi ele...

Foi a duas semanas e se minha memória não falha era dia seis, numa sexta feira as três e quarenta e três da tarde.

Como eu sei?

Porque eu sei!

Eram três da tarde quando eu saí do trabalho pra um lanche da tarde.

Parei em uma cafeteria e pedi um café grande e donuts.

Estava em uma das mesas da calcada, então era normal algumas pessoas nos entregarem panfletos de propagandas.

E foi isso que aconteceu, me entregaram um panfleto da biblioteca que tinha inaugurado naquele dia.

Então quando terminei de comer, passei uns dez minutos olhando o panfleto pra entender onde era, eu tenho um péssimo senso de direção então chegar lá foi bem difícil, me senti burra ao perceber que era perto do meu trabalho.

Assim que entrei nem pude elogiar o quão era incrível, pois eu tinha visto algo melhor.

Ou melhor alguém.

A princípio não tinha reparado o quanto ele era bonito, só pude reparar duas coisas.

Era um garoto.

E estava lendo um livro.

Admito que este último deve ser o maior motivo deu ter me apaixonado naquele momento.

Depois eu pude perceber o quão ele era bonito. Na verdade ele era mais fofo do que bonito, mas ainda era bonito. Ele parecia ser bem inteligente e ao mesmo tempo preguiçoso.

Ahhhhh! Meu Deus para de pensar nessas coisas!

Devia ter passado uns dez minutos admirando-o.

O que me fez voltar a mim foi o toque do meu celular.

Emergência uma hora dessas?

Tive que deixá-lo ali sem nem nos conhecemos.

Flashback OFF

Mistério é de longe meu gênero favorito, mas por curiosidade vou alugalo.

Me dirijo até a recepção, mal coloquei os livros no balcão que a mulher já os pega examinando não sei nem o que.

Ah ô ódio que eu tenho dessa mulher!

Por quê?

Isso nos leva a segunda e última vez que eu vi o Ranpo.

Foi quando eu descobri seu nome.

Só que essa lambisgoia parecia fazer de tudo pra impedir.

Ou talvez a doida aqui seja eu.