O despertador toca, a música se mistura com meus sonhos, mas logo percebo, hora de acordar.
Devia ter chegado em casa lá pras onze horas.
Seis horas da matina, acordar e me arrumar para o trabalho seria o certo a se fazer.
Que trabalho, ir para um hospital tomado por mafiosos é uma ideia ridícula.
Ridiculamente minha.
Me sinto uma desempregada, a vergonha da família.
Família heim...
Faz tempo que não os visito, eles nem fazem questão de ligar, talvez morreram.
Me cubro novamente.
Sete.
Oito.
Nove.
Horas...
SE ALEVANTA.
Ok, agora deu certo.
Desperta e Disposta...
A não fazer nada, mas preciso fazer algo.
O sono deve tá me afetando, não tô pensando nada com nada, você entendem certo?
Olho pro diário, a página aberta.
Ranpo Edogawa...
Quantas vezes o escrevi mesmo?
Aconteceu tanta coisa ontem, parece que faz anos que eu escrevi isso.
__ Mas eu não preciso mais de você. Digo arrancando a página e amassando-a.
Café.
Preparo uma garrafa cheia tomo uma xícara.
Será que eu morro se tomar banho agora, deve ter alguma superstição assim, ou não.
Depois de um banho coloco uma roupa confortável, não queria sair, não sabia o porquê mais nada me faria sair de casa hoje.
Eu e uma garrafa de café.
É tudo que preciso.
E as batidas na porta.
É só você querer alguma coisa e o contrário acontece.
Me levanto e abro a porta.
__ Akiko. Digo ao vê-la bem na minha frente.
__ Cara de quem acabou de acordar. Ela diz entrando.
__ Estou preocupada. Yosano acrescenta se sentando no sofá.
__ É? Você é um amor, sabia disso? Pergunto e ele ri.
__ Você tá de bom humor, o Ranpo te faz tão bem assim? Ela pergunta.
__ Hum? Pergunto.
__ Quando você ia me contar? Ela pergunta com um sorriso que dizia: " Eu descobri tudo, não adianta negar nada " ou " Tudo que você disser será usado contra você no tribunal. "
__ Não sei. Digo.
__ Mas se a Yosano falou tá falado. Digo rindo e ela ri também.
__ Você parece uma bêbada quando tá apaixonada, vê coisa boa em tudo. Ela diz.
Ela fala isso só sendo modesta pelo meu elogio.
A Yosano fica muito feliz quando tratam ela como a mulher fodona que ela é.
__ Quando eu ia te contar você pergunta? Bem quando te visse. Digo.
__ Se prepara pra bomba, eu beijei aquele garoto lindo, inteligente e de olhos verdes. Digo contando o que ela já sabia e ela faz uma reação surpresa misturada com ironia.
__ AH MEU DEUS! SERIO! Ela diz como se não acreditasse e logo em seguida soltou um gritinho de alegria.
__ Só você mesmo. Digo rindo.
__ Então, ele te contou? Pergunto.
__ Contou sim, você acha que eu engoli aquela história? Perguntou e eu ri.
__ Tenho certeza que não, ele vai ter que me perdoar depois, você foi muito dura com ele? Pergunto.
__ Não, além do que o namorado é seu, você que o coloque na linha. Yosano diz e olho pra ela confusa.
__ Ele não é meu namorado. Digo.
__ Ah sim, sinto muitíssimo, aliás você poderia me fazer um favorzinho? Ela pergunta enquanto encho novamente a xícara com café.
__ Tem alguma doença relacionada a excesso de café? Ela pergunta ao ver eu toma-lo.
__ De qualquer forma preciso da sua ajuda, o restante da ADA foi pro hospital chutar a bunda da Máfia do Port e eu fiquei sozinha com a Lucy pra ajudar os pacientes. Ela diz já me levando a porta.
__ Agora que eu notei, o que aconteceu com os funcionários? Pergunto e ela me olha um pouco tensa.
__ Bom graças a eles nenhum paciente sofreu em relação ao fogo, porém alguns funcionários foram ao tentar protegê-los. Ela diz abrindo a porta.
__ Entendo. Digo.
__ Mas eles estão bem, só precisam de alguns cuidados e você vai me ajudar. Ela diz me colocando pra fora de casa.
A luz do sol ofusca minha visão.
Maldito astigmatismo.
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Fanática - Ranpo Edogawa (BSD)
FanfictionEle não era famoso nem nada, mas toda vez que o via o rumos da minha vida direcionaram a ele e tudo perdia o sentido. Isso pode ser tudo coisa da minha cabeça e eu nem goste dele tanto assim quando o conhecer de verdade, mas não quero pensar nisso.