III

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Olá de novo!

Como prometido, trouxe mais um capítulo! Espero que gostem! :)

Obrigada pra quem votou e comentou no capítulo anterior! <3

Boa leitura!

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Onde fui amarrar meu burrinho? Literalmente!

Quando Jeongguk rumou até a casa de Jimin, esperava apenas pagar por um tratamento rápido e voltar para casa, onde trabalharia em dobro para compensar o prejuízo que trouxe para o pai. Tudo bem que já estava preparado para alguns contratempos, como situações de quase morte e ter que ingerir plantas com gosto horrível, mas em nenhum momento imaginou que teria que fazer uma viagem até o Inferno. Ele nunca viajou nem para a Cidade! E agora estava indo para o que imaginava ser o pior lugar para se estar!

— Inferno?! — Ele questionou, vendo Jimin assentir enquanto se afastava da bancada e saía da sala, sendo seguido de perto pelo outro. — P-por que o Inferno? O que a gente vai fazer lá? O que tem lá de tão importante? Não é perigoso? E se a gente morrer?

Jimin deu um suspiro pesado e fitou o teto, já imaginando que seria bombardeado com aquelas perguntas. Humanos e suas crenças preconceituosas.

— Ytuna, dai-me forças... — Ele murmurou, virando-se para encarar Jeongguk. — Essa marca no seu pulso indica muito mais do que a sua possível morte. Eu creio que um velho inimigo retornou e que vamos precisar de mais ajuda do que o esperado. Uma das pessoas que pode nos ajudar está lá no Inferno.

— E por que eu tenho que ir junto?! — Jeongguk reclamou, visivelmente temeroso. — Não posso ficar aqui esperando?

— E você acha que eu iria deixar um humano curioso que nem você, que mais parece uma criança, sozinho aqui explorando minha casa e mexendo nos meus itens mágicos? — Jimin questionou, erguendo uma sobrancelha. Jeongguk fez uma careta ao ser comparado com uma criança. — Além disso, a marca no seu pulso é a única prova concreta de que esse inimigo voltou.

Jeongguk sentiu um arrepio percorrer seu corpo com a ideia de ir até o Inferno. Lembrava-se das coisas que os chefes de sua vila falavam, sobre como era o destino das almas pecadoras (inclusive os próprios feiticeiros) e habitat não apenas dos terríveis demônios, como também do próprio Diabo, que manipulava e corrompia os corações dos homens bons. No entanto, mesmo assustado, seguiu Jimin até o quarto do feiticeiro, cuja porta era oposta à do corredor.

A primeira coisa que Jeongguk notou foi a cama grande e aparentemente confortável, cuidadosamente forrada com lençóis brancos. Havia mais livros organizados em prateleiras na parede à direita e alguns empilhados na mesa de cabeceira. A cama ficava encostada na parede à esquerda. De frente para a cama e encostado na parede, havia um grande guarda-roupas de madeira escura. Jimin foi até ele e o abriu, pegando primeiro um casaco comprido da cor preta.

— Por que vai usar um casaco? — Jeongguk perguntou. — No Inferno não é quente?

— Não, não é quente no Inferno. — Jimin o respondeu, mantendo-se paciente quanto ao desconhecimento do humano a respeito de coisas tão simples. — É um lugar frio, sem sol, lua ou estrelas. Cheio de almas humanas em agonia, demônios e alguns seres mal-intencionados, mas esses últimos a gente encontra em todo lugar, então não chega a ser um diferencial.

Jeongguk ergueu as sobrancelhas. A curtíssima convivência que teve com ele já era suficiente para que Jimin soubesse que aquilo era um sinal de que o Jeon estava prestes a despejar uma enxurrada de perguntas.

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