XXXII

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Olá! Como estão?

Me perdoem de novo pela demora! O capítulo ficou pronto ontem, mas eu ainda não tinha revisado, e hoje tive um compromisso de última hora e fiquei fora de casa o dia todo, porém aqui está!

Obrigada a quem votou e comentou no capítulo anterior! Espero que gostem desse também!

Boa leitura! :)

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Yoongi só conseguiu uma pausa quando foi anunciado o almoço. Seus calcanhares latejavam e sua cabeça pesava pelas longas horas que passou na sala de reuniões com sua mãe e Samael, discutindo estratégias de batalha, posicionamentos e rotas que poderiam ser tomadas para atacar a fortaleza, que por si só já era um local altamente protegido.

Foi cansativo, ainda mais sabendo que recairia sobre ele a responsabilidade de liderar as tropas infernais. Quando estivessem no campo de batalha, seriam as ordens dele que poderiam decidir o destino de centenas de soldados, isso o assustava mais do que a ideia de ser coroado como rei.

Durante o curto almoço, ao menos, pôde aproveitar algum tempo com seus amigos, que também deram seu jeito de passar a manhã. Enquanto o príncipe se concentrava na reunião de estratégia, os demais Vigilantes decidiram treinar mais, assim como Jeongguk, que animadamente anunciou que agora iria "passar a faca" em quem tentasse lhe fazer mal, o que conseguiu arrancar um leve sorriso de Yoongi. Ao final do almoço, o grupo se dispersou novamente. O príncipe aproveitou mais alguns minutos de descanso até ser anunciada a chegada dos exércitos dos outros reinos infernais, que vieram quase ao mesmo tempo, com intervalos de poucos minutos entre uma tropa e outra.

Foram oferecidos alojamentos a todos os guerreiros, que começaram a se dispersar nos arredores do castelo enquanto os generais se juntavam a Lilith, Yoongi e Samael para discutirem mais estratégias. Além disso, Azallar veio junto com as tropas do Segundo Reino Infernal, alegando que os acompanharia apenas até o templo quando foi questionado pelo príncipe. Era bem visível que o jovem herdeiro de Azazel queria fazer mais do que apenas aguardar pela vitória de dentro do castelo, mas tendo em mente que ele não arriscaria a própria vida, Yoongi não foi contra a sua presença. Talvez aquela reunião pudesse lhe servir como um bom aprendizado caso ele algum dia precisasse estar por trás das táticas de algum ataque.

Finalmente, quando a noite caiu, o jantar foi anunciado e, com ele, o fim da reunião. Quando todos os exércitos se reunissem no templo, melhores estratégias seriam discutidas para chegar ao melhor método de ataque, com o menor número de baixas. Ao final dela, percebendo o cansaço de Yoongi, Samael lhe ofereceu um sorriso amistoso.

— Fez um bom trabalho, alteza — disse. — Agora descanse e não se preocupe demais. Estarei ao seu lado para lhe orientar e proteger amanhã.

Apesar de estar não apenas cansado, mas também preocupado, Yoongi conseguiu sorrir com as palavras do general, que tinha uma das mãos sobre seu ombro num gesto tranquilizador e o mesmo sorriso, apesar do semblante também estar aparentando um leve cansaço.

— Obrigado, Samael — respondeu. — Descanse também, amanhã será um dia cheio.

Ainda sorrindo, Samael assentiu e se afastou alguns passos com uma educada reverência, indo depois de Yoongi para o salão de jantar, onde os outros já estavam reunidos, apenas esperando pela chegada de todos à mesa.

A refeição se deu num silêncio estarrecedor. Era perceptível o clima que pairava ali, de medo e tensão, apesar da leve fagulha de esperança para acabar de uma vez aquela guerra antes que ela se tornasse maior. Mesmo os Vigilantes estavam quietos, e aquele silêncio apenas deixou Jeongguk mais preocupado com o que viria no dia seguinte. Enquanto observava a comida quase intocada em seu prato, ele se viu fazendo uma prece silenciosa a Ytuna, desejando que a deusa protegesse aquelas pessoas.

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