LXIII

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Olá! Como estão?

Sei que ninguém saiu muito bem do capítulo anterior, mas espero que seus corações estejam saudáveis e preparados para mais fortes emoções!

Demorei um pouco mais do que o previsto, mas agora que estou fazendo estágio, fico a tarde inteira fora e só volto depois das 20h. Me resta o finalzinho da noite antes de dormir e o fim de semana para escrever! Ainda assim, eu consegui terminar essa belezinha e trazer mais uma atualização cheia de tragédia para vocês, rs!

Muitíssimo obrigada a quem votou e comentou no capítulo anterior! Muito obrigada a quem acabou de chegar e seguiu lendo até aqui! Espero continuar vendo vocês até o fim! <3

Boa leitura! :)

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Ilíantho!

A voz de Eve ecoava angustiada pela mente de Hoseok, como se a menina estivesse muito longe de si. Tentando buscar pela origem da voz, ele virou sutilmente o rosto. Sua cabeça latejava dolorosamente.

Ilíantho, acorda!

Ele não conseguia se lembrar do que havia acontecido, sua mente estava confusa demais para tal, mas a forma como Eve parecia desesperada lhe trouxe certa preocupação. Certamente havia algo errado ali, até porque ele não deveria estar deitado no chão frio da Biblioteca Real com o rosto coberto de poeira.

— Por favor, eu tô com medo!

A insistência de Eve o trouxe de volta à consciência pouco a pouco. A forma como sua voz se quebrou num choro assustado fez algo despertar em Hoseok. Um instinto de proteção, que pareceu enviar uma onda de energia por todo o seu corpo, suficiente para fazê-lo abrir os olhos devagar.

Na primeira tentativa, ele não conseguiu enxergar muito bem. A visão ainda estava um tanto turva, mas Hoseok conseguiu distinguir a figura de Eve logo à sua frente, com uma das mãos posta sobre seu ombro o sacudindo quase em desespero. Com a cabeça ainda latejando, ele puxou o ar devagar, mas tossiu ao ter seus pulmões invadidos por poeira.

Hoseok tentou unir os fragmentos recentes de sua memória. Estava lendo na Biblioteca Real sob a companhia de Eve, que havia aproveitado o tempo antes do jantar para antecipar seus estudos e poder treinar antes de dormir. Ele se lembrava de repassar algumas Leis Infernais simples em voz alta junto à princesa antes de ouvir um estrondo.

Alguma coisa havia acontecido. Hoseok se lembrou de ter pedido para Eve ficar onde estava e caminhar até as portas, de onde pôde ouvir sons de uma briga, mas um segundo estrondo, vindo logo após um rugido assustador, fez as prateleiras de livros sacudirem. A criatura do lado de fora bateu contra o teto daquele andar, fazendo rachaduras se formarem por todo o local.

Foi isso. Hoseok correu para proteger Eve dos escombros, mas acabou atingido. Não fora esmagado graças à atitude desesperada da menina, que o puxou para um local seguro quando o viu cair com um ferimento na têmpora.

— Eve... — A voz dele saiu com certa dificuldade, mas trouxe algum alívio a Eve, que soluçou enquanto o via se levantar devagar para ficar de joelhos. — Você se machucou?

Ela negou.

— Eu não sei o que está acontecendo... — A voz de Eve se quebrou num soluço angustiado. — Eu ouvi barulhos assustadores lá fora... Alguma coisa tentou entrar, mas depois desistiu porque a porta tá travada... O meu irmão...

Hoseok sentiu o coração se apertar. Para um ataque daquela proporção estar acontecendo, não podia ser bom sinal. Hyuk não os atacaria se não tivesse poder suficiente para tal, ou alguém que facilitasse sua entrada.

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