XXII

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Oie! Como vocês estão? Espero que estejam bem!

Ainda não consegui finalizar o capítulo 23, mas como essa semana não terei prova nenhuma, vou aproveitar para tentar continuar. Se eu não conseguir finalizar até semana que vem, vou avisar vocês no Twitter e aqui no meu perfil, ok?

Mas não se preocupem! Tudo indica que sábado que vem as postagens continuam normalmente!

Muito obrigada a quem votou e comentou no capítulo anterior! Espero que gostem desse!

Boa leitura! :3

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Mais uma vez, Jeongguk foi o primeiro a acordar naquela manhã úmida e fria, que fez um pequeno tremor percorrer seu corpo. Ele resmungou baixo em reclamação, mas logo sentiu algo próximo de si, o corpo quentinho de Cavalo, que permanecia deitado ao seu lado.

Em outra circunstância, ele certamente teria sorrido, mas, com as lembranças que logo o invadiram assim que se mostrou consciente, foi incapaz disso. Apenas se limitou a ir para mais perto do asno, sentindo seus olhos lacrimejarem e o coração doer a cada batida. Ainda deitado sobre a grama, ele abriu os olhos e observou uma de suas mãos, ainda com manchas quase completamente apagadas de sangue.

Parecia que tudo aquilo não passara de um pesadelo, ou ao menos era nisso que ele queria acreditar. Acordou se sentindo tão vazio e disperso que permaneceu deitado, observando distraidamente as discretas manchas escarlates em suas mãos, por longos e dolorosos minutos.

Quando finalmente se levantou, percebeu que em algum momento da noite Taehyung fora dormir e Yoongi assumiu de novo a vigília. Estranhou um pouco o cenário da floresta ao seu redor, mas logo concluiu que certamente o carregaram até ali depois que Donghyun o atacou.

Não pôde evitar se perguntar o que fizeram com o chefe de sua vila. Se lembrava de tudo apagando gradativamente, de ter pensado, por um momento, que iria morrer. A última coisa de que se lembrava vagamente fora de Juniper e Poe vindo ao seu auxílio. Tudo depois disso se passou num borrão, com uma completa confusão de vozes e imagens, até ele acabar apagando de vez.

Jeongguk chamou a atenção de Yoongi ao se levantar. Quando o viu sentado na grama, distraidamente acariciando os pelos castanhos de Cavalo, o príncipe o observou por poucos segundos, vendo o olhar dele recair sobre si também.

— Tudo bem? — Yoongi indagou enquanto indicava a própria têmpora, dando a entender que se referia ao ferimento. Sabia mais do que bem que, por dentro, o mais novo estava péssimo.

Jeongguk assentiu devagar enquanto levava uma das mãos ao local em que fora ferido, sentindo apenas o sangue seco endurecendo seu cabelo. Não havia nenhuma evidência de ferimento, como já era de se esperar vindo de Namjoon.

— O Namjoon fez um ótimo trabalho, de novo — comentou. Chegou a ser até estranho para Yoongi vê-lo daquela forma, com uma expressão quase vazia no rosto, depois de poucos dias de convivência nos quais Jeongguk conseguia se empolgar com tanta facilidade. O príncipe não pôde evitar sentir uma leve pontada de dor no peito, conhecia bem aquela expressão abalada, porque já a vira em si mesmo.

Depois de um tempo ali, Jeongguk decidiu se levantar e sair com cautela de onde estava, evitando acordar os outros para se sentar próximo de Yoongi, que estava um pouco afastado de onde o grupo dormia. Ao ver o dono se levantar, Cavalo se levantou também, resolvendo caminhar um pouco para esticar as pernas, mas sem se afastar de onde todos estavam.

Os dois ficaram em silêncio por longos minutos, durante os quais ninguém mais acordou. Jeongguk começou a se distrair com a forma como a luz se infiltrava por entre as copas das árvores, lançando belos reflexos luminosos pelas folhas verdes, e respirou fundo. Tentava afastar as lembranças e pensamentos ruins, mas simplesmente não conseguia.

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