XXXIII

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Olá!

Antes de mais nada, eu preciso de novo agradecer vocês do fundo do meu coração, porque Overlookers mal bateu 1K de leituras e já chegamos a 2K! Eu só consigo pensar em como sou grata por todos vocês ainda estarem ainda acompanhando essa história! Obrigada do fundo do meu coração, amo vocês!

Também tenho um aviso muito importante para fazer: minhas aulas infelizmente voltaram, ainda estou em EAD, mas em breve as aulas práticas presenciais podem retornar e com isso vou ter ainda menos tempo ao longo da semana para escrever, então pode ser que já não tenhamos um capítulo por semana :(

Não se preocupem, sempre que puder eu estarei escrevendo para vocês! Vou avisar quando não puder postar, então fiquem tranquiles!

Muito obrigada mesmo a quem votou e comentou no capítulo anterior! Espero que gostem desse aqui!

Boa leitura! :3

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O anoitecer na clareira trouxe um céu limpo e repleto de estrelas, tão belo que mesmo após a refeição noturna, quando todos foram se deitar, Jeongguk ainda ficou um tempo ali. Lembrava-se de admirar as estrelas em sua vila também, mas nunca podia ficar por muito tempo fora de casa à noite, porque os chefes não gostavam. Agora podia ficar o tempo que quisesse, admirando cada um daqueles pontos de luz que preenchiam a escuridão do céu como respingos de tinta contra uma tela pintada de preto.

— Não vai dormir? — A voz de Azallar, carregada num tom de genuína curiosidade, chamou a atenção do Jeon, que virou-se num pulo para ver o jovem príncipe parado ao lado do cavalo que montara, agora desprovido de equipamentos. Mesmo Azallar trajava apenas uma veste mais simples e confortável para dormir. Fez menção de ficar de pé, imaginando que talvez devesse lhe prestar algum respeito, mas o rapaz, antecipando esse ato, ergueu uma das mãos. — Não precisa se levantar.

Com aquele semblante tranquilo, ainda aguardando por uma resposta, direcionado para Jeongguk, Azallar veio se aproximar mais para se sentar ao seu lado perto da fogueira apagada. O cavalo, que o Jeon julgou ser seu familiar, também se aproximou do local.

— Eu vou dormir sim. — Jeongguk respondeu por fim. — Só estou admirando as estrelas antes.

Azallar abriu um leve sorriso, direcionando seus olhos violeta para os céus também. Por longos segundos, o silêncio perdurou ali, mantendo um clima confortável no qual ambos os olhares viajavam pelos astros brilhantes, como se tentassem contar um por um.

— Elas são lindas. — O jovem príncipe comentou. — É uma pena que eu não possa vê-las do Inferno.

— Eu não podia ficar admirando muito também. — Jeongguk suspirou, ainda com os olhos postos sobre o céu escuro. — Os chefes da minha vila não gostavam de me ver acordado à noite. Às vezes eu até tentava admirar as estrelas da janela do meu quarto, mas nada se compara à sentir a brisa gelada da noite e se sentar ao ar livre para observar o céu.

— Como era? — A pergunta de Azallar gerou uma leve confusão em Jeongguk a princípio. — Viver numa vila humana, como era?

Ele suspirou de novo antes de responder, sem saber ao certo como dizer ou por onde começar. Talvez devesse relatar suas dificuldades? Ou talvez ressaltar apenas os pontos bons para não deixar uma má impressão a respeito dos humanos?

— Poderia ser melhor. — Ele disse por fim. — Eu gostava da rotina, de cuidar das plantações, cuidar dos animais, ajudar meu pai com as refeições diárias... — Seu sorriso carregava uma melancolia que Azallar conseguiu perceber. — Quase todos me olhavam como se eu fosse algum tipo de vulcão que poderia se ativar e destruir tudo a qualquer momento. Mas acho que além do chefe Lee, ninguém nunca tentou me fazer algum mal.

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