LXII

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Mil desculpas pela demora minha gente!

Tava bem difícil escrever a primeira metade desse capítulo, e ficou mais ainda depois que meu estágio começou. Eu fico de segunda a sexta a tarde toda no hospital veterinário e chego horrivelmente cansada em casa, mas consegui achar um tempinho para trazer uma atualização fresquinha e bem apocalíptica para vocês!

Como sempre, eu quero agradecer de coração a quem votou e comentou no capítulo anterior, bem como a quem chegou agora, votando e comentando desde o primeiro capítulo! Assim que tiver um tempinho eu vou repassar todos os comentários para interagir com vocês! Obrigada mesmo! <3

Preparem lencinhos, calmantes e remedinhos para o coração! Agora vai ser só ladeira abaixo, rs!

Boa leitura! <3

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Era estranho, para Jeongguk, como o Palácio Real de Rocathân de repente passou a parecer frio e solitário.

Até poucos dias atrás, aquela imponente construção transmitia um ar acolhedor. Os corredores iluminados pelo sol do entardecer eram quentes e vibrantes. Agora nem mesmo os raios da brilhante estrela pareciam capazes de trazer alguma cor àquelas paredes cinzentas e gélidas. A fúria do oceano, antes bela e contemplativa, agora fazia parecer que as ondas de espuma branca se retorciam contra as pedras em rugidos de agonia.

Jeongguk suspirou, entristecido, enquanto dedicava mais longos minutos observando o mar abaixo de si. As ondas se chocavam tão fortemente contra as pedras que quase tocavam seus pés. O vento rugia contra seu rosto, no verdadeiro prelúdio de uma tempestade.

Ao término do funeral, Florian reuniu os presentes para um banquete. Todos comeram imersos num silêncio melancólico. Alguns, como Jimin e Eunmi, mal tocaram na própria comida. Apenas comeram por insistência de Jeongguk e Yewon e em respeito ao seu anfitrião.

Depois de comer, enquanto Yoongi dedicava alguns minutos para conversar com Florian, Jeongguk decidiu buscar pela vista do oceano. Queria apenas dispersar um pouco os pensamentos, deixar a dor de lado e esquecer o amargor que ocupava sua boca desde que encontrou Taemin sem vida no subsolo da estalagem.

Uma cortina de espuma jorrou para cima quando outra onda bateu contra as pedras. Jeongguk levou seu olhar para baixo e deixou escapar um longo suspiro.

— Jeonggukie. — A voz de Jimin, vinda de trás de si, lhe chamou a atenção. Jeongguk se virou a tempo de vê-lo alcançar a varanda com aquele mesmo olhar entristecido. — Estava te procurando.

— Oi, Jiminie. — Jeongguk sorriu fraco, com seu olhar posto sobre o outro. — Só estava querendo me despedir do mar antes de voltarmos.

Jimin abriu um sorriso triste e parou perto do parapeito, de onde Jeongguk desceu para ficar ao seu lado, contemplando o mar num momentâneo silêncio.

— É uma vista bonita. — A voz do Park mal foi ouvida, de tão baixa que ressoou comparada ao rugir do vento e das ondas violentas. — Consigo entender o motivo de você gostar de vir para cá.

— Gosto de ter um cantinho para pensar. — Jeongguk declarou. — Ajuda a aliviar meus pensamentos.

Ainda sorrindo, Jimin passou um dos braços pela cintura de Jeongguk e o puxou para mais perto de si, encaixando-se num abraço reconfortante enquanto deixava seu olhar se perder na paisagem à frente.

— Ele dizia que essa era sua vista favorita em Rocathân... — Jimin recordou após um breve silêncio. Jeongguk deu um suspiro entristecido, ouvindo-o atentamente. — Gostava do quão alto as ondas conseguem subir quando batem contra as pedras.

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