02 - brinquedinho fácil

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Dulce Maria

— Não sei do que está falando. — peguei uma das almofadas e joguei nele.

— Eu não estou brincando.

— O que você quer que eu diga? — riu enquanto pegava a almofada que estava no chão.

— Que sentiu minha falta, não sei, qualquer coisa!

— Eu senti sua falta, está feliz?

— Seu idiota, eu estava a um passo de te matar por querer me deixar com raiva.

— Essa foi minha forma de desejar boas vindas, pensei que você não viria mais. Achei que quisesse mudar e morar no Caribe.

— Isso não é uma má ideia, lá é um paraíso.

— Concordo plenamente.

— O que tem feito? — perguntei.

— Além de exercer meu papel de motorista e levar seu pai aos lugares que ele deseja? Nada.

— Engraçadinho, quero saber se arrumou alguma namorada ou um hobbie novo.

— Está mesmo interessada em saber se eu estou saindo com alguém?

— Eu fiz outra pergunta depois disso.

— A resposta é Não, para os dois.

— Eu senti sua falta também, sabia? — mordi o lábio inferior.

— E aposto que teve outra coisa que você deve ter sentido mais falta ainda, estou enganado?

— Nenhum pouco! — dei um sorriso.

Christopher sorriu e pulou na cama como um lobo, começou a me beijar sem parar e ansiosamente queria tirar minhas roupas. Eu realmente estava com muita saudade disso.

Tive que sair rapidamente da casa de Christopher pois alguém poderia sentir minha falta, entrei pelos fundos e apareci na cozinha. Aproveitei para pegar um pouco de suco e disfarçar, caso alguém resolvesse aparecer naquele momento.

— Você está aí. — disse Alfonso.

— Eu já estava indo te chamar. — disfarcei.

— Ainda não tinha comido nada? — perguntou, indo se servir de um pouco de suco também.

— Não. Estava descansando, me conte o que aconteceu durante esse tempo que eu estava fora. — sentei-me em uma das cadeiras.

— Nada de muito interessante, as minhas férias foram resumidas em não fazer nada o dia todo.

— Não acredito que você estava em Nova York e não fez absolutamente nada lá. — tomei um pouco do suco que estava no copo.

— Nada é uma palavra muito forte, claro que eu saí pra conhecer a cidade e algumas garotas.

— Isso é ótimo! Aproveitou muito?

— Bastante! Nova York é uma cidade que nunca dorme, literalmente.

— Fico feliz por você, irmãozinho.

— E você? Aproveitou muito o mar e as belezas naturais do Caribe?

— Muito! Aquele lugar é definitivamente um paraíso, eu ainda estaria lá se possível.

— Por que não falou com o papai para ficar lá mais alguns dias?

— Eu já havia passado muito tempo lá e outra que eu precisava voltar pra cá.

— Deixa eu adivinhar, por causa da empresa não é?

Hurts So Good (Vondy)Onde histórias criam vida. Descubra agora