Dulce Maria
No dia seguinte despertei com William ao meu lado, levantei-me com cuidado para não acordá-lo e peguei minhas roupas que estavam no chão devido a noite passada. Tropecei em meu salto que estava jogado e isso fez ele se mexer e resmungar um pouco.
— Ia embora sem me dizer? — disse entre os lençóis.
— Só não pretendia te acordar. — comecei a me vestir.
— Que horas são? — se espreguiçou na cama.
— Provavelmente umas sete.
— Meu Deus! Preciso ficar de pé. — levantou-se com pressa.
— Eu vou indo. — falei depois de me vestir.
— Espera, fica pra tomar café comigo. Só precisa me esperar tomar um banho e ficar pronto em alguns minutos, estou atrasado mesmo então que seja. — disse caminhando até o banheiro.
— Tudo bem, eu espero. — sentei-me na cama.
Olhei para os lados e decidi aproveitar que ele estava no banheiro para olhar suas coisas, em cima do criado mudo tinha fotos dele com sua família. Ele era organizado, fiquei de pé e caminhei pelo o quarto observando cada detalhe. O trabalho era sua paixão, uma pequena estante com livros sobre marketing e outras coisas. O closet era repleto de roupas sociais entre outras, encostei em uma camisa e fechei os olhos quando senti seu cheiro nela.
Dentro de alguns minutos, William apareceu no closet com a toalha enrolada na cintura, com os cabelos molhados e apenas uma mecha caída em sua testa, o que o deixou ainda mais atraente.
— Viu, já tomei banho. — disse indo em direção a uma gaveta e abrindo para começar a se vestir.
— Prefere que eu saia ou…
— Espera! Aqui não tem nada que você não tenha visto antes. — sorriu e eu assenti.
— É, tem razão. — concordei e rimos.
Depois que ele se vestiu e fez o necessário, descemos juntos para a cozinha onde ele preparou um café da manhã para nós.
— Achei que tinha uma empregada pra fazer isso por você. — disse sentando-me na cadeira.
— Eu não costumo estar sempre em casa, cozinhar não é problema pra mim. — sentou-se.
Era um café pequeno, mas tinha tudo para ser uma ótima refeição. William fritou ovos, bacon, haviam frutas, torradas, panquecas, geléia e suco. Começamos a nos servir imediatamente.
— Agora entendo que você não precisa de uma empregada. — comentei me servindo de ovos e bacon.
— Espera até você ver eu fazendo o almoço ou o jantar, vai se surpreender. — sorriu convencido.
— Olha que eu vou cobrar ein. — sorri.
Terminamos de comer e antes de ir para o trabalho, ele me deixou na mansão e nos despedimos. Assim que entrei a casa estava um completo silêncio, mas os empregados seguiram fazendo suas tarefas mesmo com a ausência de meu pai.
— Olá, senhorita. — era a voz de Alfonso.
— Bom dia, irmãozinho. — sorri.
— Você está com a mesma roupa de ontem, posso saber onde passou a noite? — perguntou.
— Dei uma escapadinha para aproveitar.
— Você sumiu e nem se despediu.
— Ninguém sentiu minha falta.
— Ao contrário, alguns convidados e o nosso pai perguntaram por você. E eu nem sabia dizer onde estava.
— Eu sai com uma pessoa, mas não vou dizer quem é.
— E eu achando que você só se importava com o trabalho.
— Alfonso, me poupe dos seus sermões. Vou subir e tomar um banho, porque estou cansada. — fui em direção às escadas e subi.
Entrei em meu quarto, tranquei a porta e me despi inteira para tomar um demorado e relaxante banho. Lavei meus cabelos e depois de finalizar, demorei alguns segundos passando meu creme hidratante favorito e me perfumando. Fui para o closet onde peguei um pijama confortável e me vesti, era de manhã e eu não tinha nada para fazer. Meu pai estava ocupado demais em sua lua de mel, a empresa ainda não estava pronta e eu não tinha forças para ir atrás disso agora.
Deitei em minha cama e acabei pegando no sono, acordei por volta do meio dia, desci as escadas sem me preocupar por estar de pijama.
Fui até a cozinha em busca de algo para comer, os empregados até quiseram me servir, mas eu estava afim de fazer isso sozinha. Abri a geladeira e me servi um pouco de água.
— Seu almoço vai ser água? — Alfonso disse revirando os olhos. — Vamos comer. — me chamou para sentar na mesa do jardim com ele.
— Eu estava bebendo água, mas depois iria comer alguma coisa. — sentei-me com ele.
— Os empregados vão nos servir, não se preocupe. — tirou seu celular do bolso e começou a olhar vídeos aleatórios no Tik Tok.
Christopher Uckermann
Ter visto Dulce entrando no carro de William Levy ontem me deixou um tanto quanto surpreso, eu não imaginava que ela estava se envolvendo com alguém a essa altura. Ela me ignorou completamente quando dei a sugestão de passarmos a noite juntos, maldita ideia essa minha. Isso é o que dá criar sentimentos por alguém que só te enxerga como um brinquedo, depois daquele dia eu só conseguia pensar nela.
E hoje ela ainda não veio me procurar, o que pode significar que acabou se cansando de mim e que não quer mais ter nada comigo. Mesmo assim, eu ainda tinha esperanças dela voltar.
Fiquei em minha casa a manhã inteira, eram por volta do meio dia e eu não tinha nada para fazer. O senhor Black, estava em lua de mel e tenho certeza de que se Dulce precisasse ir a algum lugar, não iria me chamar para levá-la.
[...]
A semana passou voando, Dulce não me procurou mais e confesso que foi difícil não sentir falta de tê-la ao meu lado todas as noites. Cada vez que eu percebia que ela não estava comigo, eu começava a pensar no fato dela estar com o outro e não me querer mais por perto.
Também não fiz questão de ir procurá-la, a última coisa que eu gostaria agora, era de me humilhar para ter um pouco de atenção dela. Isso já era demais. Ainda faltavam mais dois dias, e logo Black e Ana Brenda já estariam de volta.
Continuei em minha casa sem manter contato com ninguém da mansão, sai algumas vezes para caminhar no jardim e apreciar o ar puro.
E justamente quando resolvo fazer isso, novamente vejo Dulce com William. Estavam tão íntimos, mais do que eu imaginava que seriam.
Me escondi por trás dos arbustos e vi eles se beijarem, Dulce parecia tão tranquila estando com ele. Fiquei me perguntando se ela talvez estivesse apaixonada e por isso resolveu se afastar de mim, sem mais nem menos.
Eu não pretendia questioná-la, estava eu cobrando explicações sem motivos e com certeza não pegaria bem perguntar. O que eu tinha que fazer era apenas continuar como eu estava.
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Hurts So Good (Vondy)
RandomDulce Maria é mimada e só pensa em si mesma, acostumada a ter tudo o que quer nas mãos. Quando as coisas saem do seu controle é motivo para atacar o primeiro que ver pela frente. Christopher Uckermann é o motorista de seu pai, um homem muito import...