17 - juro que acabou

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Dulce Maria

Arranjei todas as desculpas possíveis para não ver William nos próximos dias, eu ainda estava me perguntando se sentia algo por ele. Não poderia aparecer sem ter uma resposta, me preocupo pois sei que seria uma das primeiras coisas que ele perguntaria quando me visse.

Fiquei a manhã inteira trancada, pedi para que deixassem o café em meu quarto e no notebook eu estava pesquisando e planejando coisas a respeito da minha nova empresa. Não contei a ninguém, apenas me mantive concentrada nisso para não ter que pensar em outras coisas agora.

Estava tão concentrada que nem me dei conta de que havia finalizado alguns dos projetos que montei, logo voltei para a realidade e percebi que tinha passado tempo demais focada nisso e por um instante até me esqueci do motivo pelo o qual eu não saí de casa hoje.

Fiquei de pé e caminhei até a janela onde havia um espaço para sentar, olhei para o imenso jardim da mansão e vi a casa de Christopher mais adiante. Respirei fundo quando me lembrei das vezes em que eu ia caminhando com cuidado até lá, me distraí lembrando desses momentos até ver que Belinda estava indo em direção a casa dele. Logo comecei a pensar se eles estariam tendo algo em segredo, senti um incômodo que me fez ficar de pé e voltar para a mesinha onde estava meu notebook.

Sentei-me na tentativa de me concentrar no que estava fazendo anteriormente, eu não poderia ir na casa de Christopher, não depois de simplesmente ter deixado ele lá naquele dia. Não o procurei mais, seria inútil da minha parte procurá-lo justo quando está com alguém.

Apenas me concentrei no que deveria estar fazendo e foi assim que passei as próximas horas, até tomar coragem e resolver me encontrar com William em sua casa.

Achei que demoraria para querer vê-lo, mas preferi encarar isso logo de uma vez. Dirigi até sua casa, toquei a campainha e entrei.

— Oi, fico feliz que veio. — deu espaço para eu entrar.

— Oi. — sorri fraco.

— Achei que não viria, você me disse que estava ocupada.

— Estive vendo algumas coisas em relação à empresa, sem ânimo para sair de casa.

— Aconteceu alguma coisa? — perguntou.

— Eu sei que te devo uma resposta, estive pensando nisso o tempo todo. Sendo sincera.

— Sim, mas eu não ia te pedir para falar disso agora. Você me disse que ia pensar e eu estava disposto a esperar o tempo que fosse preciso.

— Eu pensei muito e me dei conta de uma coisa, pode ser que doa ter que ouvir isso de mim.

— Dulce, eu não estou entendendo.

— Eu não estou apaixonada por você, apenas atraída. Estou atraída pelo o que temos, me desculpe se parece ser difícil pra você.

— Não esperava que você fosse me dizer que não está apaixonada, achei que tivéssemos algo.

— E temos! Eu só não estou sentindo o mesmo que você, ainda não processei direito.

— O que exatamente?

— O fato de que eu estou tão envolvida assim com alguém, nunca tive isso.

— Eu queria tanto que você pudesse sentir como eu me sinto. — tocou meu rosto carinhosamente.

— Me desculpe por isso. — mirei o chão.

— Não precisa se desculpar, ninguém é obrigado a criar sentimentos tão intensos por alguém. — deslizou a mão e desviou o olhar.

Hurts So Good (Vondy)Onde histórias criam vida. Descubra agora