Christopher Uckermann
William me encarava confuso ao mesmo tempo que se via a raiva estampada em seu rosto.
— Não tô te entendendo, por acaso você gosta da Dulce e tá com medo que eu descubra onde ela está e vá atrás dela? — se aproximou.
— Se eu gosto ou não é problema meu, não acha?
— Você tá me provocando. — cerrou os punhos e se aproximou ainda mais.
Quando fiz menção de dar um soco, Belinda apareceu entre nós.
— O que tá acontecendo aqui? — Belinda entrou no meio para separar-nos.
— Esse palhaço tá me provocando. — a raiva estava estampada em seu rosto.
— Christopher, o que você fez? — ela perguntou.
— Melhor perguntar pro seu irmão.
— Ele me disse que a Dulce viajou e não se despediu, você está chateada por isso.
— Ah, sim. Eu não te disse nada, porque achei que você não quisesse saber.
— Qual é irmãzinha, você sabe que eu e ela estamos tendo um lance. Deveria ter me dito.
— De qualquer forma você já está sabendo agora.
— Deveria ter me dito, Dulce e eu temos intimidade e muita. — sua voz soou provocativa.
Sem pensar duas vezes, tentei partir para cima dele e fui impedido por Belinda que me olhava.
— Diferente de você, Christopher. Eu sim, tenho alguma coisa com a Dulce. Vamos resolver quando ela voltar, não me importo de esperar.
— Resta saber se ela vai querer continuar tendo alguma coisa com você, seu imbecil! — gritei.
— Isso só ela pode dizer, não é mesmo? Enquanto isso, abaixa a bolinha porque isso não tem nada haver com você.
— Christopher! — Belinda gritou quando viu que eu estava tentando bate-lo.
— Deixa ele vir, irmã. Eu não tenho medo! — William continuava com as provocações.
— Eu pensei que você não se importasse com isso, William. — Belinda disse.
— E realmente não me importo, mas é bom provocar raiva e ciúmes. Me atrevo a pensar que esse alguém está apaixonado, não é?
— Imbecil! O que você quer com a Dulce?
— Isso não é da sua conta também, me dá licença que já perdi tempo demais aqui.
— Vai, seu idiota! — gritei.
Belinda ainda me segurava como se temesse que algo fosse acontecer, só baixou a guarda quando seu irmãozinho virou a direita e sumiu.
— Pode me soltar! — disse impaciente.
— O que aconteceu com você? Brigando com meu irmão por causa da Dulce.
— Ele que me provocou.
— Mas você se importou de ser provocado, não foi?
— Caralho.
Belinda me encarava com os braços cruzados esperando por uma resposta.
— Christopher, é melhor você ser sincero comigo agora. Com o que eu vi aqui, não me falta dúvidas de que você ainda gosta da Dulce.
— E eu nunca te disse que não gostava, eu só tive que reprimir o que eu sentia aqui dentro. — apontei para o meu coração.
— Então você ainda gosta dela? — perguntou com a voz embargada.
— Eu nunca deixei de gostar, eu só queria me permitir sentir algo novo por alguém. Você foi a oportunidade perfeita para isso acontecer, eu queria seguir em frente com a minha vida.
— Então você estava me usando?
— Eu não estava te usando! Muito pelo contrário, eu tentei amar você e te fazer feliz.
— E eu até fui, enquanto não achava que você estava me enganando.
— Eu não te enganei, Belinda! Me envolvi com você com a esperança de recomeçar, eu não podia viver esperando que a Dulce um dia me enxergasse com outros olhos. Entende?
— Mesmo ela transando com meu irmão por meses, isso nunca te fez considerar desistir dela?
— Sim, mas eu não consegui! A única coisa que me mantinha longe da humilhação, foi ficar com você. Eu sabia que não poderia ser injusto.
— De que adiantou esse cuidado todo? Se agora você tá aqui na minha frente me dizendo que nunca esqueceu ela.
— Mas eu nunca te prometi isso! Pensei que tudo tinha ficado claro quando começamos. Você me disse pra deixar as coisas acontecerem naturalmente, eu respeitei a sua vontade.
— Eu pensei que você tivesse enxergado que não é com a Dulce que você tem que estar.
— Isso quem decide sou eu, você não tem o direito de querer decidir isso por mim ou por ela.
— Merda! — virou de costas.
— Eu só quero que você entenda que eu não te usei, apenas vi em você uma oportunidade de ter um recomeço.
— Esse recomeço foi bom pra você? — virou de frente pra mim.
— Foi, eu não me arrependi de ter tentado com você. Infelizmente isso não foi suficiente para os sentimentos existentes irem embora.
— No fundo eu sempre quis que você conseguisse esquecer a Dulce.
— Eu também queria esquecer, me fez muito mal gostar dela e saber que não era recíproco.
— Então por que voltar pra isso? Você merece alguém que te ame, Christopher.
Respirei fundo e Belinda me abraçou, ela chorava como uma criança ainda em meus braços. Não queria que ela se sentisse culpada, eu realmente não tinha a intenção de machucá-la.
— Eu sei disso, mas eu vou decidir quem será essa pessoa.
— E não vai ser eu né? — me olhou com os olhos cheios de lágrimas.
— Belinda, fica tranquila. Respira fundo e relaxa, tá bom? — tentei acalmá-la.
— Eu não acredito nisso. — se afastou andando em círculos pela sala. — Que merda! — resmungou.
— E o que você sabe a respeito do seu irmão? O lance que ele tem com a Dulce, não é sério né?
— Eu não sei do que você tá falando.
— Como assim não sabe? Se vamos ser sinceros, pelo menos me conta se é real.
— Isso é uma coisa dele, eu não tenho nada haver com isso. Não quero me meter.
— Belinda, por todo amor e consideração que você sente por mim. Por favor, me fala.
— Você quer se aproveitar do que eu sinto por você pra conseguir uma resposta? Idiota.
— Eu não quero me aproveitar, só quero que você seja sincera e me diga a verdade.
— Olha, esquece esse assunto tá bom?
— Eu não vou esquecer, tô te pedindo mais uma vez que por favor me diga.
— Eu não tenho nada haver com isso, Christopher.
— Pra quem não tem, você bem que sabe que ele não deveria se importar com tal coisa.
Belinda ficou inquieta com as minhas provocações, estava claro que o relacionamento que tínhamos está prestes a chegar ao fim. Mas antes, eu precisava saber o que estava acontecendo.
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Hurts So Good (Vondy)
RandomDulce Maria é mimada e só pensa em si mesma, acostumada a ter tudo o que quer nas mãos. Quando as coisas saem do seu controle é motivo para atacar o primeiro que ver pela frente. Christopher Uckermann é o motorista de seu pai, um homem muito import...