Dulce Maria
Eu estava cada vez mais próxima de William e pra mim era tão nova essa sensação de estar tão íntima de alguém, eu não costumava focar nessas coisas. O trabalho sempre foi o meu foco na vida, mas as coisas se encontravam diferentes atualmente e eu me dei uma chance de mudar.
Quase não parei em casa esses dias, costumava sair de manhã e chegar à noite ou de madrugada.
Na quarta de manhã eu desci para tomar café e estavam meu pai, Alfonso e Ana Brenda tomando café como uma família feliz.
— Bom dia. — Alfonso disse.
— Bom dia irmãozinho. — sentei-me em uma cadeira ao lado dele e me acomodei. — Parece que é só você que vai me dar bom dia. — olhei de forma indireta para o meu pai.
— É a primeira vez que te vejo em casa nessa semana, havia perdido o costume. — sorriu fraco.
— Estou indo amor, te vejo em alguns minutos. — Ana Brenda disse ficando de pé.
— Está bem, eu já vou. — assentiu e ela foi.
— Pai, vamos deixar as diferenças de lado e viver como uma família normal ou pelo menos tentar. — falei assim que ela saiu.
— Eu vi que você não ficou até o fim do meu casamento, passou quase a semana toda fora de casa.
— Me desculpe, mas o senhor sabe o que eu penso a respeito desse casamento.
— É tarde para ir contra. — se levantou e ficou de pé saindo em silêncio.
— Merda! — dei um pequeno soco na mesa.
— Aonde você tava esse tempo todo? — Alfonso perguntou.
— Isso não importa, agora o papai me odeia.
— Com motivos né?
— Você só está dizendo isso porque gosta da Ana Brenda, caso contrário concordaria comigo.
— Tem razão. Seja lá o que esteja te chateando, aconselho que tente fazer as pazes com o nosso pai.
— Estou tentando, mas ele está muito magoado.
— Dê seus pulos irmãzinha. — levantou-se e deu um leve tapa na minha cabeça.
Todos haviam saído, estava apenas eu sozinha terminando de tomar café. Logo pensei em sair dali, ir para algum lugar e tentar espairecer.
Caminhei até o jardim da mansão que era imenso e quando me dei conta já estava muito afastada de lá, sentei-me perto de uma árvore que havia formado uma enorme sombra e fiquei ali mesmo.
Eu precisava fazer as pazes com meu pai, mesmo sendo complicado do jeito dele eu o amava e me sentia mal estando assim com ele.
Então vi o Christopher passar por mim e lembrei de não ter conversado com ele direito no casamento do meu pai, ele me viu e por um segundo pensou em parar, mas seguiu andando.
— Christopher. — o chamei.
— Aconteceu alguma coisa, senhorita? — perguntou sério.
— Não, só quero que você fique aqui comigo.
Ele assentiu devagar, se aproximou e sentou-se ao meu lado encostei minha cabeça perto do seu ombro por alguns segundos e depois voltei minha atenção para ele que parecia pensativo.
— Me desculpe por não ter te respondido aquele dia.
— Você estava bem? Parecia distante.
— Eu só precisei sair, não estava suportando mais aquele casamento.
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Hurts So Good (Vondy)
RandomDulce Maria é mimada e só pensa em si mesma, acostumada a ter tudo o que quer nas mãos. Quando as coisas saem do seu controle é motivo para atacar o primeiro que ver pela frente. Christopher Uckermann é o motorista de seu pai, um homem muito import...