08 - resolver negócios

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Dulce Maria

Eu não costumava acordar cedo, mas naquele dia eu amanheci disposta a fazer o possível para convencer meu pai de que Ana Brenda era a escolha errada. Recebi uma mensagem de William Levy, irmão de Belinda, ele estava me convidando para almoçar em um restaurante do centro e eu resolvi aceitar para ver do que se tratava. Comecei a considerar que talvez ele pudesse me ajudar com o que pretendo fazer.

Pedi que chamassem Christopher para me levar e assim ele fez, ainda não tínhamos nos visto desde de ontem quando estávamos no jardim.

— Posso saber com quem a senhorita vai almoçar? — ele perguntou enquanto dirigia.

— Com alguém importante, posso dizer.

— Um colega de trabalho?

— Ciúmes? — o encarei através do retrovisor.

— Não, apenas gostaria de saber se é alguém de sua confiança.

— Ele é apenas um empresário de nome importante, creio que ele poderá me ajudar com um assunto que preciso resolver.

— É melhor que eu pare com as perguntas, algo me diz que já sei do que se trata.

— Exatamente, acho que já sabe.

Christopher estacionou o carro próximo a uma esquina, peguei minha bolsa e meu celular.

— Obrigada, te vejo mais tarde. — dei uma piscadela e saí do carro.

Olhei as mensagens em meu celular e notei que William havia mandado uma dizendo que já estava me esperando dentro do restaurante.

— Bom dia, Dulce. — ele disse ficando de pé e indo puxar a cadeira para mim.

— Bom dia, William. — obrigada, falei quando sentei.

— Agradeço por ter aceitado o meu convite. — sentou-se em seguida.

— Imagina, qual o motivo de ter me chamado?

— Quero uma oportunidade de conhecer você, podemos falar sobre vida pessoal ou profissional.

Naquele momento desconfiei de suas reais intenções, me parecia rápido demais essa reaproximação dele comigo e parecia que ele também estava querendo algo.

— Da minha vida profissional suponho que você já saiba algo.

— Minha irmã me disse que o seu pai cedeu para sua madrasta o cargo de diretora de operações.

— Infelizmente, sim.

— Eu tive uma conversa com ele na empresa e ele parece muito empenhado em fazê-la crescer.

— Óbvio, o problema é que ele escolheu a pessoa errada pra ajudar no processo.

— Eu fiz uma proposta, pedi que me oferecesse um cargo na empresa dele e adivinha? Ele disse que iria pensar melhor e me daria uma resposta.

— Não sabia que tinha interesse em trabalhar com meu pai.

— Por algumas razões eu tenho, mas cansei de esperar um retorno. Decidi que irei criar minha própria empresa e fazer a diferença, eu mesmo.

— Sério? Admiro sua força de vontade.

— Te aconselho a fazer igual. Devo dizer que é um grande passo a se dar, mas geralmente se queremos algo devemos fazer nós mesmos.

— Tem razão, mas sendo sincera nunca me passou pela cabeça ter minha própria empresa.

— Isso poderia abrir muitas portas, inclusive você poderia ser a diretora de operações. Afinal a empresa é sua. Você faz o que quiser, certo?

Hurts So Good (Vondy)Onde histórias criam vida. Descubra agora