1. Viajar?!

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No Palácio dos Estados Unidos, em uma sala restrita aos membros reais, o rei, Maxon Schreave, e a futura rainha, sua filha, Eadlyn Schreave, se encontravam numa reunião, a qual estava tediosa para a futura monarca.

Esta, não seguia seus protocolos de postura e brincava com um lápis, enquanto seu pai tagarelava.

- Está me escutando, Eadlyn? - Ele perguntou. 

- Sim, pai.... - Ela respondeu. - O senhor estava falando que alguns lugares dos Estados Unidos estão em seca. - Resumiu as falas do rei.

 - Então, tem alguma sugestão de como resolver o problema? - Perguntou, como desafio, a sua atenção. A garota respirou fundo. 

- Sim. Algumas. Uma delas é que poderíamos fazer canos subterrâneos por todo o país, não só para os que sofrem seca, mas para todos, como se fosse ser de emergência, caso outro lugar falte. - Concluiu sua ideia, o olhando. Ele concordava com a cabeça, pensativo. 

- Mas de onde iríamos tirar a água para levar para os outros estados? - Perguntou. 

- Acho que nas partes litorâneas daqui, seria uma boa ideia. Temos vários grandes rios que sempre são banhados pelo México.- Ela retrucou, pensando alto. Seu pai sorriu orgulhoso. 

- Você aprendeu muito bem, minha filha. - Respondeu. - Parabéns. - Eadlyn o olhou com carinho, a mesma nunca gostou de viver presa dentro do Palácio, somente saindo a viagens por negócios, mas ainda assim amava muito sua família.

A mesma abriu um sorriso alegre, ao menos valeu a pena ficar uma hora e meia dentro dessa sala, ela pensava.

- Obrigada, pai. - Agradeceu sorridente. - Mas.... Posso sair agora? - Perguntou, ansiosa pra sair daquele cômodo. Ele riu. 

- Pode. Sei que não gosta disso, mas.. - Falou, mas ela o interrompeu. 

- Eu sou a princesa e futura rainha de uma das maiores potências mundiais. - Completou, já havendo repetido aquela frase milhares de vezes.

- Isso. - Dava para ver nos olhos do homem que se sentia mal por dar este fardo pesado a sua filha. A mesma, percebendo isso, falou:

- Tudo bem, pai. - Abriu um sorriso verdadeiro, pelo menos por a reunião ter acabado. - Você sabe que eu aguento. - Disse, enquanto beijava a testa de seu progenitor.

- Eu sei. - Respondeu. - Mas, ei! Não suja minha testa com batom, não! - Brincou com um sorriso. A princesa começou a rir.

- Tá bom, ó supremo e poderoso pai. - Retrucava dando uma reverência. Ele riu e ela saiu da sala. Caminhando pelos corredores, a garota cantarolava baixinho, com as mãos apoiadas nas costas.

A mesma começou a pensar. Ela adora sua família, de coração. Mas ela não gostava do foco e atenção exageradas que recebia dos pais somente por virar rainha.

Ela achava sufocante. Lhe dava vontade de correr para fora do Palácio e nunca mais voltar. Se perguntou o porquê dos pais não se preocuparem mais com seu irmão mais novo, do que com si mesma.

A garota odiava que eles ficassem preocupados e se sentindo culpados por terem que a dar o trono daqui a pouco anos, no meio de uma guerra.
Isso mesmo, uma guerra.

Naquele período em que estavam, acontecia a Guerra Fria, uma batalha indireta entre o país de origem de Eadlyn, os Estados Unidos, e a União Soviética.

Porém, ainda assim, para Eadlyn, era cansativo aquele peso em suas costas de além de enfrentar a si mesma a se dispor nessa responsabilidade, seus pais ainda a faziam se sentir impotente, com toda essa preocupação.

Amores Ilegalmente CorretosOnde histórias criam vida. Descubra agora