🍃Capítulo 31🍃

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Depois do ocorrido eu demorei para dormir novamente, pois a cena se passava repetidas vezes em minha mente traindo meu orgulho. Mas depois de um tempo eu durmo, acordando só no outro dia com o grito de Stiles vindo do banheiro, então me sento olhando para a direção do mesmo com os olhos murchos por causa do sono e o mesmo aponta para o próprio rosto.

Stiles: O que fizeram com meu lindo rosto seus vacilões, olha só isso aqui vai ficar por um bom tempo...

Seu rosto já estava limpo porém todo avermelhado por causa do batom, então rio rouca por ter acabado de acordar.

Stiles: Vai rindo, só digo uma coisa quem ri por último ri melhor...e esse cara não acorda por nada não!? Eu acordei e tava encima dele atravessado, como foi que ele não se encomodou?

Diz andando até os colchões balançando Yuri com os pés e ele acorda bruscamente puxando seu pé o fazendo cair.

Stiles: Ai...qual é eu só tava zoando...

Diz com uma cara emburrada e se senta jogando um travesseiro em Yuri que estava com os cabelos bagunçados e olhos murchos.

Yuri: Faz de novo e eu te quebro, pirralho.

Diz e vai para o banheiro e eu e Stiles nos olhamos rindo. Um tempinho depois já estávamos na cozinha, tomando café junto a minha mãe que estava feliz em ver a casa "movimentada" até porque havia anos que eu não trazia ninguém em casa.

Verônica: Meninos venham mais vezes aqui em casa, adorei conhecer vocês...ah droga já tenho que ir para o trabalho, Jully limpe a casa e troque os lixos nos vemos a noite beijinhos.

Ela manda vários beijos no ar pegando sua bolsa e eu faço o mesmo gesto de soldado de sempre, dizendo "Sim senhorita" e ela logo sai pela porta.

Stiles: Cara tua mãe é muito foda, quero que ela me adote, meu pai até que é gente boa, mais nem se compara, tu deve amar ela pra caramba né!? Diz aí.

Diz Stiles enfiando na boca o segundo sanduíche de atum que minha mãe preparou.

Jully: Óbvio cara, ela é tudo que eu tenho, afinal, o cuzão do meu pai sumiu com aquela vadia da amante dele, então é claro que amo minha mãe pra caramba né.

Sorrio sem mostrar os dentes por estar com a boca cheia.

Yuri: Ter pais presentes deve ser uma experiência legal, nem sei mais o que é família desde que meu pai se foi...

E lá ficamos entre conversas profundas e conselhos motivantes "Levante a cabeça princesa se não seu chifre cai..." Pera, era a coroa né!? Bom pelo menos tentamos.

Depois disso eles se despedem indo para casa para cumprirem com seus compromissos e eu fico sozinha novamente em casa. Limpo toda a casa e depois me jogo no sofá, Akamaru sobe em cima de mim pedindo carinho, então acaricio sua barriga.

Jully: Quem é o meu garotão...!?

Ele late manhoso e de repente escuto um estrondo na cozinha, me fazendo dar um mini pulo pelo susto e Akamaru sai de meu colo assustado indo para o quintal.

Jully: Fala sério, essa mulher não me deixa em paz...

Digo tapando os ouvidos para tentar não ouvir mais nada, quando ouço sua voz duplicada em minha cabeça.

Isabell: Eu apenas quero seu corpo jovem Jully...se entregue a mim e seremos forte para combater os pecadores...

Dou um grunido de raiva tacando um jarro de barro no chão, o quebrando.

Jully: Cala a porra da boca! Sai da minha vida, que droga! Qual é o seu problema!? Eu não quero punir pessoas, nem eu e nem você tem esse direito! Qual é a dificuldade de entender...

Caio de joelhos ao chão chorando de desespero e medo, tudo ao meu redor parecia cair em um buraco negro de pouco a pouco, sobrando apenas eu, sozinha no final. Era assim que eu me sentia, meu mundo todo desabando aos poucos.

Ainda aos choros sinto uma presença em minha frente então ergo a cabeça aos poucos enxergando um corpo a minha frente, estava usando um vestido preto e quando finalmente chego a olhar seu rosto, ele estava todo desconfigurado, como se alguém tivesse batido ali com um taco diversas vezes, ela segura em meu pescoço, me erguendo com uma força desumana e inclina sua cabeça levemente para o lado.

Isabell: Você será minha por bem ou por mal, não terá escolha, olhe só para você está aos pedaços...

Olho para meu próprio corpo e vejo minhas pernas pela metade sangrando e com os ossos para fora e minhas mãos também, mas pareciam ter sido roídas por larvas, então arregalo os olhos para aquilo e tento gritar pelo desespero mais nada sai, pois Isabell me sufocava com sua mão, ela gargalha maléfica com sua voz duplicada me fazendo chorar de medo.

Acordo no sofá em um pulo, com uma dor de cabeça, era insensante, minhas mãos tremiam, então corro até a cozinha tomando três pílulas de remédio contra a dor, sentindo a dor ir embora aos poucos. Meu organismo estava funcionando mais rápido que antes, remédios por exemplo, faziam efeitos imediatos me fazendo dormir ou aliviar a dor. Me apoio no balcão derramando lágrimas.

Jully: Até quando eu vou ter que fingir que está tudo bem!? Eu vou morrer logo...Deus! Por que eu? Eu sou uma pessoa tão ruim assim?

E caio de joelhos chorando. Logo as aulas voltariam, e eu não sei o que faria, afinal Isabell aparecia com frequência em minha frente, me deixando pálida de medo.

Quebra de tempo...

Estava sentada no sofá abraçada aos meus joelhos, tendo pequenas visões de alguém na janela me observando, ou ouvindo passos pela casa, até mesmo risadas a minha volta. Mas logo ouço a porta ser aberta então olho para o relógio vendo que já era a hora de minha mãe voltar do trabalho. Então me levanto e corro até ela a abraçando como se fosse a última vez fazendo aquilo.

Jully: Eu te amo, mãe!

Ela fica surpresa mais mesmo assim retribui o abraço um pouco confusa.

Verônica: Eu também te amo meu bem, ei filha, o que aconteceu!? Parece estar amedrontada, me fala, o que ouve?

Eu queria muito contar a ela, mais ao mesmo tempo, não queria preocupa-la, afinal ela trabalha, precisa manter seu foco durante o percurso de casa até a lanchonete, se não algo ruim pode acontecer com ela. Ergo minha cabeça olhando para ela e dou um sorriso sem mostrar os dentes.

Jully: Não é nada...é só que eu assisti um filme de terror e fiquei com medo de ficar sozinha...

Digo cabisbaixa e ela acaricia meus cabelos me deixando tranquila e com sentimento de estar segura em seus braços.

Verônica: Tá tudo bem meu anjo agora eu tô aqui, olha, fica tranquila tá bom? Nada de ruim vai acontecer com você.

Diz ela como se eu fosse uma criança de oito anos, beijando minha testa, então logo volto ao meu eu a empurrando de leve.

Jully: Ah mãe qual é, eu não sou mais uma criança...

Ela ri e coloca sua bolsa sobre a mesa.

Verônica: Falou a garotinha que veio toda cheia de medo para os braços da mamãe aqui...

Me zoa dando um tapinha em meu braço subindo as escadas em seguida. Passamos a noite juntas assistindo filmes de comédia e rindo até pegarmos no sono.

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🍃✨Opa hellou, hellou, olha só quem voltou com capítulo novo!? Eu memu, espero que tenham gostado comentem para que eu saiba que estão gostando e deixa a estrelinha pra dar aquela moral✨🍃

🍃😒O Amor é Uma Perda de Tempo😒🍃Onde histórias criam vida. Descubra agora