🍃Capítulo 23🍃

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Pov's Jully:

E aqui estamos nós, sentados no banco de espera do hospital, esperando respostas do médico chefe que atendeu o padre nas pressas pois conhecia ele. O japa estava curvado olhando para o chão preocupado e eu roendo as unhas, também preocupada. Porque caralho, foi eu quem provoquei isso tudo, se eu soubesse que isso realmente aconteceria, eu não teria ido até ele.

Enfermeiro: Srt. Lodge e Sr. Shongi!?

O enfermeiro aparece do nada, verificando sua prancheta e eu imediatamente me levanto, levantando levemente a mão para indicar que era eu quem ele chamava e o japa só levanta o olhar em direção ao enfermeiro.

Enfermeiro: Por favor, me acompanhem o Padre Marcos Andrade acaba de despertar e quer falar com vocês.

Eu olho para o japa que fazia uma cara confusa para mim, então ele se levanta e nós seguimos o enfermeiro até o quarto, onde se encontrava o padre deitado na cama com alguns canos finos direto em suas veias. Seus cabelos que antes eram pretos, estão grisalhos, seu rosto que antes não parecia nem ter rugas agora está cheia delas, está parecendo um monge, só que sem a barba longa. Caramba, o que foi que eu fiz!? Suguei metade da vida desse pobre jovem padre que me parecia ter uns 30 anos? Boto as mãos na boca ao reparar só agora em sua aparência, e o japa só coloca a mão em meu ombro e nós prosseguimos e adentramos no quarto e nos aproximamos do homem deitado na cama, que com uma certa dificuldade estende a mão quando nos vê.

Padre: Meus jovens, que bom que vieram, primeiramente, quero agradecer por terem me socorrido e trazido até meu bom e velho amigo, que é médico chefe deste hospital...

Nos aproximamos dele e eu sorrio de leve sem mostrar os dentes, ele então pega em minha mão.

Padre: Minha jovem, o que eu senti enquanto te exorcizava, era uma energia negativa muito grande, parecia uma tropa inteira de demônios furiosos, geralmente o que eu sinto, é a presença de um espírito do mal, o que senti em você é uma vibração aterrorizante, até para você, tanto que você viu o que me ocorreu. Pensei ser capaz para isso, mas, eu não sou bem o exorcista que você procura, sou apenas um novato nessa área, talvez um que seja mais capaz disso lhe ajudaria. Se quiser minha ajuda para procurar por um, estarei na igreja.

Ele diz cada palavra calmamente para que eu entendesse, e caraca eu tô realmente me sentindo culpada por machuca-lo.

Jully: Tudo bem e me perdoe senhor padre, por esse ocorrido nem um pouco agradável, eu sou uma tola mesmo em achar que não iria acontecer nada de ruim...

Ele só acaricia minhas mãos e o enfermeiro logo chama nossa atenção pois o tempo de visita já havia acabado.

Padre: Não se culpe mocinha, lute pelo seu próprio bem, que a paz esteja com vocês.

Assim que ele diz isso, nós saímos a caminho da praça novamente, fomos o trajeto todo em silêncio. Até chegarmos num espaço onde estava mais tranquilo de movimentação.

Jully: Ah que droga, parece que nada que eu tente dá certo, isso tá me deixando bolada.

Me sento em um banco bufando e jogando a cabeça para trás encabulada, Yuri só se senta ao meu lado.

Yuri: Ei não se esqueça que eu também me incluo nessa, isso só foi uma tentativa, você já está desistindo agora!? Qual é...

Arrumo minha postura olhando para o mesmo.

Jully: Fala sério...você leva mangás pra escola e fala que isso é te incluir!? Enfim, e não, essa não é minha primeira tentativa, antes mesmo que eu aceitasse sua ajuda, eu já estava tentando controlar essa coisa em mim...

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