Capítulo 55

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Se tive sonhos, eu não lembro, apenas acordei de manhã, vislumbrando os raios de sol entrar pela janela do quarto, iluminando os móveis, o chão e principalmente meu rosto, comecei esfregando meus olhos, sentindo uma preguiça matinal, então apenas respirei fundo e fiquei ali, olhando o teto, tentando encaixar a alma ao corpo, sentia que ainda estava dormindo, por mais que quisesse, não poderia. Como um tapa na cara, lembrei da noite passada, os toques que eu e Thomas compartilhamos, gemidos, arfadas e gostos. Olhei para o lado, enxergando o corpo nu de Thomas sendo coberto apenas pelo lençol claro, que cobria sua cintura para baixo, suspirei devagar, não conseguia acreditar que tínhamos dado um passo tão grande naquela relação, mas eu não me arrependia. Me virei de lado, puxando uma parte do lençol para tapar meus seios, levei meus dedos até o peitoral dele, traçando movimentos circulares e leves sobre aquela pele bronzeada.

— Bom dia gatinha. — Revirei os olhos com um sorriso no rosto, senti o braço de Thomas rondar meu corpo e me puxar para um abraço, cruzei minhas pernas com as dele, sentindo o frio em seus pés. — Dormiu bem?

— Como uma pedra, parece que corri uma maratona. — Logo me arrependi de ter dito aquelas palavras, olhei nos olhos de Thomas, vendo aquele sorriso malicioso preencher seu rosto, em resposta ele me puxou para subir em seu colo, me deixando deitar no seu peito. — A chuva não está mais batendo no telhado como ontem. — Foi um aviso, não tinha nem mesmo como esconder os barulhos com a mão na boca, ouvi uma risada fraca tremer o corpo dele, levantei o olhar, vendo o brilho nos olhos dele, correr em minha direção, me olhando de cima.

— Se eu soubesse que estaria tão ansiosa para um segundo round, eu teria lhe acordado com beijos... Bem aqui. — Senti os dedos quentes de Thomas apertar minha cintura, demonstrando o ponto no qual ele depositaria beijos, revirei os olhos, inacreditada com o nível de safadeza que ele estava emanando naquela manhã. — Seu irmão não chora de madrugada? — Foi uma pergunta curiosa na qual me fez perceber, não tinha acordado com gritos de bebê, apenas com o sol, me levantei devagar, me sentando no colo de Thomas, deixei o lençol cair de meu corpo de propósito, chamando sua atenção, percebi um brilho no olhar piscar seguidas vezes, enquanto ele descia o olhar por cada centímetro de meu corpo.

— Meu pai disse que ele é quieto, que me puxou nesse quesito. — Olhei no fundo do olhos de Thomas, em troca ele apenas se levantou, sentando na cama, abraçando meu corpo e me puxando para cima, senti sua região íntima logo abaixo de mim, meu sangue correu quente até as bochechas, precisei de muito esforço para não esconder o rosto em seu pescoço. — Temos que descer, a estrada até o instituto é longa. — Com a intenção de descer da cama, comecei a me arrastar para a beirada da cama, sentindo o olhar de Thomas sobre mim, abri um sorriso ladino que não consegui evitar. — Se continuar me encarando desde jeito, eu vou sumir. — Ouvi os passos dele vindo atrás de mim, então sem avisos ele me segurou por trás, laçando os braços em volta de minha cintura e me levantando.

— Olhar não arranca pedaço, a não ser que queira. — Comecei a rir envergonhada com aquela situação, ele seguia para o banheiro do quarto, com o pé ele empurrou a porta de madeira, revelando um cômodo largo, porém pequeno. A pia ficava logo ao lado do vaso sanitário, do outro lado tinha um box que dividia o lado do chuveiro. Passamos direto, Thomas então me soltou abaixo do chuveiro, girando a maçaneta e deixando a água quente cair sobre meus ombros, soltei um gritinho pelo choque em que a água me causou, o contraste da temperatura de minha pele com aquele líquido era gigantesco, por mais quente que estivesse. — Precisamos de um banho antes de descer para tomar café.

— Essa é a sua desculpa? Que tarado. — Passei as mãos pelo meu cabelo, empurrando os fios para trás que molharam antecipadamente. O vi fechar o box, nos prendendo do lado de dentro do banheiro, ele se aproximava, com o olhar em meu corpo, me sentia totalmente à vontade, mesmo numa situação como aquela. — Um banho à dois?

A Vingança De Alessandra Bianchi | AVAB | 1º Livro REVISANDOOnde histórias criam vida. Descubra agora