A Vingança De Alessandra Bianchi | AVAB | 1º Livro REVISANDO

Capítulo 6

Seguimos para o refeitório, eu estava faminta, afinal gastei todas minhas energias na luta de hoje, foi pouco tempo, mas me deixou totalmente acabada, Jade e eu sentamos lado a lado, enquanto os irmãos Scott sentaram-se em nossa frente, o almoço de hoje era arroz com frango desfiado e farofa de couve, senti que ficaria forte bem fácil com a alimentação do instituto, o suco era de melão, bem leve e suave, eu nunca tinha bebido antes, mas até que é bom.

- Então, vocês me prometeram uma coisa importante no almoço de hoje, se lembram disso? - Perguntei olhando para os dois garotos em minha frente.

- Ah claro, íamos esquecendo desse detalhe. - Thiago terminou de mastigar sua comida e tomou um gole do suco, se preparando para contar a história do instituto. - Vamos te contar, pois adoramos a história da fundação do Instituto, mas sabemos que sua amiga poderia contar, já que ela esteve aqui desde a fundação.

- O que vocês não contar, eu pergunto a ela. - Eu estava faminta de informação, precisava saber se podia confiar no Instituto para completar a missão de vingança que criei em minha mente.

- Você se lembra do que te contamos? Sobre o Diretor do instituto ter sofrido um trauma quando criança? - Balancei a cabeça, confirmando. - Rolam boatos de que a irmã dele morreu por um abuso quando ele era criança, não por acidente, mas sim que foi tudo planejado, um golpe que deram na família dele.

- Como assim? - Arregalei os olhos ao imaginar tanta crueldade.

- Eu nunca ouvi esses boatos, tem certeza de que não é uma história aumentada por pessoas que não tem nada para fazer? - Jade se posicionou sobre o que Thiago disse.

- Não tenho certeza, mas rolaram até fotos tiradas do assassino da irmã do diretor, ao lado dele, era como se eles já se conhecessem.

- O assassino dela foi preso? - Ele tinha que estar preso, matar uma pessoa é um crime absurdo e precisa pagar pelas suas consequências.

- Sim, porém ele fugiu e nunca mais pegaram ele, pelos cálculos que fizemos, ele fugiu no dia que o instituto foi criado.

- Ele quer se vingar por ter ficado preso todo esse tempo. - Matheus comentou também, dessa vez minha atenção desviou para ele, que me olhava com orgulho, eles realmente gostavam de contar a história do Instituto. - Ele era criança na época, então teve de crescer com esse trauma, até que ele teve a ideia de criar algo que possa ajudar pessoas como a irmã dele, porém como ainda era de menor, não podia fazer isso, o pai dele não aceitava, pois se ele fizesse alguma besteira, iria sobrar para o pai, já que ele ainda era de menor.

- Mas o pai dele deixou. - Era uma certeza, a não ser nada disso existiria.

- Quando ele adquiriu a maioridade, levou a ideia dele para o vereador da cidade, que simplesmente amou, então a ideia dele se transformou em um projeto, ele pediu ajuda de diretores de escola, gerentes de indústrias, pedreiros, para criar o instituto. - Thiago dizia enquanto brincava com a comida.

- Quando ele fez seus vinte e sete anos, o instituto foi fundado, a exatos três anos atrás, demorou muito tempo, já que criar uma "casa de proteção" debaixo da terra, não era tão fácil. - Matheus largou seu garfo na bandeja e continuou a contar, animado em como eu e Jade prestávamos atenção. - Porém para que pessoas em perigo pudessem encontrar a entrada do instituto, eles instalaram um tipo de vibração abaixo da terra, que fica ligado aos cabos de energia, por exemplo, aqui em cima de nós, nesse campo, tem uma risca de vibração que deve levar à algo bem forte e alto, justamente para simbolizar a entrada do instituto.

- Como que as pessoas descobriram que a entrada leva para o instituto?

- Quando o instituto foi fundado, o vereador enviou cartas pelo correio para cada família da cidade, procurando voluntários para começarem os treinamentos e deixarem tudo preparado para impedir a entrada de algum intruso que se finja de vítima. - Depois da explicação dos irmãos Scott, lembrei de como cheguei aqui, eu estava seguindo o caminho de uma vibração, mas não fazia ideia de que levaria ao instituto, até porque eu não sabia da existência dele, quando abracei aquela árvore para ver a situação de meus pés, fui tão ingênua, que não percebi que estava praticamente abrindo a entrada, que me levou diretamente para o corredor, mirando-me no portão de uma das entradas.