Capítulo 19 - Puxando as cordas

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Alvo Dumbledor narrando

A câmara secreta fora aberta novamente, mas a principal questão é como isso foi possível. A última vez que isso aconteceu a 50 anos atrás eu ainda era professor de Transfiguração em Hogwarts e após a morte de uma aluna e a ameaça de fechar a escola o verdadeiro culpado conseguiu incriminar Hagrid e se safar do seu crime.

Eu sempre soube que não era Hagrid, a sua alma era gentil demais para cometer um crime destes e não confessar, ele apenas tinha a enorme capacidade de amar toda as criaturas que os outros consideravam monstros assustadores. Apesar da sua varinha ter sido quebrada eu consegui convencer o diretor da época a contratá-lo como assistente de guarda-caças e consegui mantê-lo no cargo até se tornar o próprio guarda-caças.

O verdadeiro culpado na época foi o jovem Voldemort, muito antes de usar este nome, quando ele ainda era um jovem e charmoso aluno que havia conquistado quase todos os professores e estudantes fazendo com que nenhum deles pudesse imaginar que o gentil e inteligente Tom Riddle pudesse ser o culpado, é claro que não, ele inclusive recebeu um prêmio de serviços prestados a escolar por conseguir pegar Hagrid e acabar com os ataques.

Mas este era o principal ponto, como ele estava fazendo para abrir a câmara secreta novamente? Eu sabia por meio de fontes confiáveis que ele estava em uma floresta na Albania atualmente, fraco demais depois do último encontro com Tulipa para ser uma ameaça séria, eu também sabia que ele jamais produzira um herdeiro e por isso era o último descendente de Salazar Slytherin.

O último ataque mostrava que era hora de começar a tomar algumas atitudes antes do planejado, mas talvez seja para o melhor, afinal está é a oportunidade perfeita para influenciar Tulipa na direção certa antes que seja tarde demais. Apesar de ter sido selecionada para a Sonserina e ter se tornado muito próxima de vários alunos que eu desaprovava para o seu papel futuro, ela fizera o que eu esperava ano passado e enfrentará Voldemort para proteger a Pedra Filosofal, se ela continuar seguindo o caminho que eu determinei em alguns anos quando Voldemort retornar com força total será natural para ela pensar em enfrenta-lo, mesmo sem ter ouvido a profecia.

O maior problema nos planos que eu tracei para ela estava no fato dela ser uma Sonserina e estar muito próxima de Severo, ele pode não admitir mas é nítido que ele se afeiçoou a garota e isso é arriscado demais para o papel que os dois terão que se apresentar nesta guerra. Terei que começar a acelerar os meus planos de me colocar como um mentor e principal fonte de confiança dela, não poderei continuar me mantendo como um conselheiro distante pelos próximos dois anos dando-lhe a falsa impressão de livre arbítrio, mas é pelo bem maior.

A esta altura Minerva já deve tê-la deixado sozinha no meu escritório como eu solicitei e a minha fênix deve ter finalmente entrado em chamas para morrer e voltar como um filhote. Imagino o quão assustada e no limite a jovem Tulipa deve estar agora, toda a situação parece estar contra ela, a maior parte dos alunos a esta hostilizando e agindo como se ela fosse a Herdeira da Sonserina, é agora que eu devo entrar e apoiá-la além de direcioná-la para o caminho certo.

Entro na minha sala esperando encontra-la olhando assustada para a minha fênix que acabara de entrar em combustão e sentindo que será ainda mais culpada, já tinha as palavras prontas para tranquiliza-la quando percebo que a cena era muito diferente da que eu esperava. Para começar ela não estivera andando pela sala ou minimamente perto de Fawkes, mas sentada em frente a minha mesa ao lado do professor Snape, ele não deveria estar ali.

- Obrigada por trazê-la até mim, Severo – digo no meu tom gentil como se ele não tivesse estragado os meus planos – você já pode sair, eu assumo daqui.

Tulipa Potter e a Câmara SecretaOnde histórias criam vida. Descubra agora