Capítulo 1 - Festa do pijama

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Tulipa Potter narrando

Dizer que os meus tios ficaram felizes em saber que eu estaria longe de casa na noite mais importante da carreira do tio Valter foi um eufemismo, assim que estava tudo pronto e perfeitamente arrumado para o jantar com os Mason eu fui praticamente expulsa da casa. Uso as roupas que o professor Snape me deu de aniversário ano passado, elas ainda me servem mas estão um pouco curtas, mas ainda preferíveis a usar qualquer coisa do meu primo, coloco na minha mochila o gatinho de pelúcia que Millicent me deu ano passado e uma das camisolas que eu ganhei de presente da Daphne.

Ando a noite por algumas ruas para me afastar da casa dos Dursley, paro em frente a um velho parquinho de crianças vazio e vou até o meio fio, olho mais uma vez para os dois lados para ter certeza que não tem ninguém me olhando e estendo a varinha para frente mesmo me sentindo bem tola ao fazer isso.

Um segundo depois dois faróis altos e dois gigantescos pneus pararam exatamente na minha frente, onde um ônibus roxo de três andares que parecia ter se materializado do nada e encima dele piscando em letras amarelas neon as seguintes palavras: Nôitibus Andante. Então a porta do ônibus se abriu e um condutor de uniforme roxo saltou para fora do ônibus e começou a falar um texto decorado.

- Bem vinda ao Nôitibus Andante, o transporte de emergência para bruxos e bruxas perdidos. Basta esticar a mão da varinha, subir a bordo e podemos leva-la para onde quiser, eu me chamo Stanislay Shunpike, mas pode me chamar de Lalau e eu serei o seu condutor hoje a noite, para onde você deseja ir?

- Oxford, Mansão Davis –digo recitando o endereço da casa do pai da Tracey – quanto isso vai me custar?

- 13 sicles, mas por 16 você ganha chocolate quente e por quinze um saco de água quente e uma escova de dentes da cor que você quiser.

Pego o que restou do meu dinheiro desde que eu estive no Gringotes a quase um ano atrás e dou 15 sicles para o Lalau enquanto entre no ônibus, não ligo para a bolsa de água, mas uma escova de dentes nova seria legal e é o tipo de coisa que os Dursley consideram um luxo e não gastam comigo, a minha atual foi um brinde que eu ganhei quando ainda estudava na escola trouxa.

- Vocês tem escovas verde? – pergunto olhando dentro do enorme ônibus.

Tracey não me avisara como ele ara por dentro, não sei nem se ela já o usara alguma vez na vida. Em vez de poltronas por todos o ônibus haviam enormes camas com dóceis para dar privacidade as pessoas, havia uma escada no final para subir para os andares de cima, me volto para o Lalau que estava procurando uma escova verde para mim. Ele devia ser só alguns anos mais velho do que eu, ter 17 talvez 18 anos no máximo, grandes orelha de abano e uma quantidade absurda de espinhas, mas não era feio apesar de um pouco desajeitado.

- Uma sonserina hein? Não temos muitos de vocês por aqui – ele diz sorrindo para mim e eu sorrio de volta – grandes planos para esta noite?

- Eu tenho uma festa do pijama – admito sem conseguir esconder a minha animação, o meu dia estava terminando muito melhor do que havia começado.

Depois disso o motorista – Ernesto Prang – um bruxo idosos que usava grandes óculos acelerou o ônibus e eu perdi quase todo a vontade de conversar enquanto sentia os meus órgãos sendo comprimidos ao mesmo tempo que o ônibus andava em uma velocidade alarmante. Ele com certeza estava a mais de 250 km/h e ele não apenas cortava os outros carros ele aumentava, encolhia e se curvava para passar entre os carros, como os trouxas não viam isso era surpreendente.

Tulipa Potter e a Câmara SecretaOnde histórias criam vida. Descubra agora