Capítulo 29 - O verdadeiro culpado

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Tulipa Potter narrando

O caminho até a sala do diretor foi silencioso, não havia ninguém nos corredores e nenhum de nós ousou falar nada. Finalmente a Gina havia parado de chorar e parecia ter se acalmado, apesar de ainda parecer tão frágil quanto Draco, espero que agora que Tom Riddle se foi eles possam melhorar.

Conforme nos aproximamos da sala do diretor era possível ouvir o barulho de gritos, muitos gritos. Alguns eu não reconhecia a voz, mas a voz de Narcisa Malfoy era bem alta e exigente, notei que o Draco se encolheu ainda mais ao ouvir a voz da mãe. Mas foi a voz do Sr. Nott que me preocupou.

- Eu gostaria de saber o que vocês vão fazer contra o culpado, os únicos herdeiros das famílias Nott e Malfoy foram vítimas e eu quero garantir que o culpado pague por isso – a voz do pai do Theodore era fria e cortante.

Foi neste momento que nos aproximamos o suficiente da porta e o professor Snape a abriu fazendo com que toda a conversa parasse, nós devíamos parecer um grupo estranho estando a maioria – exceto Theodore - sujos de sujeira e lima vinda da câmara secreta.

Durante este curto momento de silencio noto as pessoas que estão na sala, há um casal ruivo que com certeza são os pais da Gina. O Sr. Nott está ao lado do Sr. Malfoy e ambos estão sérios mas parecendo pouco afetados pelo sumiço dos filhos, havia também um homem bigodudo com um chapéu e alguns outros bruxos com vestes roxas, além é claro da professora McGonagall.

- Gina! – ouço a mulher ruiva gritar e correr para abraçar a filha.

- Draco! Oh Severo você o salvou! Você o salvou! Muito obrigada – ouço Narcisa gritar enquanto corre para abraçar o filho com lágrimas nos olhos.

Foi só neste momento que eu notei uma figura que eu ainda não tinha visto, o professor Dumbledore estava parado ao lado da lareira perto do homem de chapéu cuco e bigode, os olhos dele brilharam na nossa direção enquanto a sua fênix estava apoiada no seu ombro. Me pergunto o quanto da minha aventura na câmara secreta não foi obra dele, que eles poderia ter impedido tudo, mas não fez nada igual ano passado quanto a Quirrell tentando pegar a Pedra Filosofal.

- Severo, você pode nos falar o que aconteceu? Como você os encontrou e salvou?- McGonagall fala ainda parecendo que estava vendo um fantasma.

- Acredito que a Srta. Potter e o Sr. Nott deviam começar explicando, já que foram eles que desvendaram o mistério – o professor Snape comenta atraindo toda a atenção para nós.

E então eu e Theodore começamos a falar desde o momento em que fomos visitar a Hermione e a Pansy na Ala Hospitalar, como encontramos o pedaço de pergaminho com as informações que as duas reuniram, contamos sobre como elas chegaram a conclusão de que as vozes que eu ouvia na verdade eram faladas pelo basilisco na língua de cobra, que os alunos não haviam morrido porque não haviam olhado diretamente nos olhos mortais, que o basilisco se movimentava pelo castelo usando o encanamento. Nós só hesitamos ao falar da murta que geme, não podíamos falar que sabíamos disso porque o pai do Theodore nos contou, não sem causar problemas. No final falamos que ouvimos que o Hagrid havia sido acusado injustamente de atacar uma aluna e chegamos a conclusão que talvez o fantasma da garota nunca tenha deixado Hogwarts.

Foi um pouco mais complicado contar que estivemos escondidos na sala dos professores ouvindo tudo enquanto todos achavam que eu e Theodore também eramos vítimas, como decidimos não contar para ninguém porque estávamos com medo do ministério não fazer nada para ajudar os nossos amigos petrificados.

- Isso é um absurdo, duas alunas de 12 anos desvendaram um segredo de séculos? – o homem do chapéu que eu presumo ser o ministro fala – e vocês deviam confinar mais no ministério, um absurdo deixar todos preocupados assim...

Tulipa Potter e a Câmara SecretaOnde histórias criam vida. Descubra agora