Sabem aqueles momentos em que vocês fazem merda? Mas mesmo a sério, daquelas vezes em que fodem com tudo mesmo? Como daquela vez em que me pus a conduzir um classe 2 sem carta, bêbado e acabei a passar a noite na prisão? Sim maltinha, isso aconteceu. Mas voltando ao meu monólogo que estava a ser fabuloso.
Todos vocês sabem o que acontece não é? Pais a terem uma descarga nervosa? Amigos a darem-vos na cabeça e a relembrarem-te constantemente da merda que fizeram? Amigos que acham imensa piada e fazem de tudo para que aconteça de novo? Esqueçam, estes últimos não são lá grandes amigos.
Essas coisinhas todas resolvem-se facilmente. Como? Vocês aclaram a garganta e mandam tudo com o caralho. Vão para a puta que pariu e a próxima vez que abrirem a boca ficam sem ela. Isto para os vossos amigos e não grandes amigos. Não aconselho a fazerem isso com os vossos pais, como devem calcular só acabavam em mais merda do que inicialmente. Com os pais, para impedir o fim de coisas como wi-fi que geralmente resulta na morte do artista, vocês botam a lagriminha no olho e prometem com olhinhos de cachorrinho abandonado que não volta a acontecer.
Estão a seguir o meu raciocínio? Sim? Boa! Vamos prosseguir…Todas estas pessoas tiveram algo em comum. Expressaram o seu agrado ou desagrado por meios verbais ou gestuais. E isso resolve-se. Agora vamos passar ao espécime que aborda uma situação dessas de uma forma diferente. As raparigas.
Elas são diferentes, não fazem nada do que foi dito anteriormente. Elas fazem aquilo a que eu chamo tratamento silencioso, que consiste em não fazer absolutamente nada e ignorar a tua existência. Até as existências que brilham tanto ou mais que sol, que é o meu caso obviamente. E não dá para implicar com elas porque como estão a fazer a vida delas como se não existíssemos, nós supostamente não temos razão para nos dirigirmos a elas. E se não fazemos nada, só torna a situação pior.
Assim estou eu e a Scarlett, ou como eu gosto de chamar, a puta reles. A questão é: O que é que eu faço?
Eu devia estar fodido porque ela não só me deu um estalo como está a ignorar a minha presença.
Ninguém ignora a presença do magnífico Harry Styles! É ofensivo!
Mas eu não estou fodido. Ou melhor, estou mas não é por causa disso!
É que o tratamento silencioso é a pior coisa que podem fazer a um rapaz, principalmente se esse rapaz estiver minimamente interessado nela. E como eu continuo a imaginar eu e ela a foder á grande contra uma parede, diria que interessado é um eufemismo. Foda-se, no que eu me fui meter!
Passaram três dias desde que apanhei um estalo na minha bochecha reluzente e a única coisa boa do dia de hoje é a minha ferida estar significativamente melhor e eu já poder ajudar de novo nas tarefas do barco e o facto de o Skull gostar de estar sozinho e fechado na sala do leme. Eu queria treinar, mas ainda não estava autorizado e as tarefas eram poucas agora que o barco estava a mexer-se sozinho a levar-nos sabe-se lá para onde.
Ah, e os piratas adoravam-me ainda mais, como Scarlett não queria aceitar a minha presença, passara os dias quase todos sozinha no quarto e não chateava ninguém.
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The Pirate Ship || h.s ||
AdventureEle odeia o oceano. O oceano é o melhor amigo dela. Ele detesta barcos. Ela vive num. Ele é cético. Ela já viu de tudo. "Life's pretty good, and why wouldn't it be? I'm a pirate, after all" - Johnny Depp