The Pirate Ship || h.s ||

Capitulo 10 - What Harold Wants, Harold Gets!

Harry’s POV

Nada neste universo e arredores podia explicar o que estava a sentir agora. Nada nem ninguém. Absolutamente nada.

Cada célula do meu corpo era atraída para ela e os meus lábios simplesmente queriam mais e mais. A minha língua selvagem explorava cada canto da sua boca, sentia o sabor, procurava tudo o que fosse desconhecido.

Eu achava que as raparigas com doutoramento em engate e pinanço eram perigosas. Daquelas que mereciam um diploma emoldurado na parede a dizer o nome delas com “doutora” ou “engenheira” atrás estão a ver?

Não se enganem. A perigosa era Scarlett.

Á primeira vista tinha um ar angelical, inocente, mas era uma verdadeira predadora.

Como uma planta carnívora. Tão fascinante, tão tentadora, tão mortal. Completamente irresistível.

Tudo o que fazia era sedutor e um potencial perigo á minha saúde, física e mental. E só agora me apercebia do perigo que corria.

Afinal de contas, ela é mesquinha. Uma grande cobra pitão que me prendeu, que enrolou o seu corpo no meu e agora está a apertar cada vez mais até me asfixiar.

Ela vai ser a minha ruina. E eu?

Eu nem assim consigo deixar de querer. Desejo-a desde que pus os olhos nela.

Quanto mais lhe tocava, experimentava, beijava e satisfazia o monstro que berrava dentro de mim desde o primeiro dia, mais claro se tornava o que me estava a acontecer.

Eu estava a apaixonar-me por ela. Não era a sensação a que estava habituado. Ao prazer momentâneo. Á adrenalina do momento. Estava longe disso.

Era demasiado forte para lutar, era completamente avassalador, de cortar a respiração e impossível de negar. Era como uma droga. E sabem o que se deve fazer com a droga? Fugir a sete pés e ficar o mais longe possível.

Mas como faze-lo quando já se está viciado?

De repente o meu cérebro acordou.

“Então meu? Não podes fazer isto! Sai daí! Rápido!” – ouvi o meu subconsciente gritar.

Foda-se, tem toda a razão!

Felizmente o ar estava a faltar-me e assim que nos separamos afastei-a de mim antes que ela pudesse retaliar.

Ambos respirávamos com dificuldade.

- Estás parva caralho? – perguntei.

- Talvez.

- Isto..Não devia ter acontecido! – constatei ofegante.