Capitulo 3 - I Hate Pirates!

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HARRY POV

Uma semana tinha passado. Uma semana inteirinha percebem? E que semana de merda que tem sido. O Skull continua a achar que eu sei para que serve a chave. Na verdade até sei, uma chave serve obviamente para destrancar qualquer coisa. Como eu não faço a mínima do que faz, obriga-me a trabalhar.

E com um navio tão grande cheio de coisas para fazer, o que é que o anormal me obriga a fazer? A pescar! Eu odeio pescar! Ele mantém uma série de pescadores num andar mais baixo do navio para que trazer o peixe para cima não seja tão complicado. E eu tenho de passar lá os meus dias para aqueles caralhos encherem o bucho todos os dias! Porquê, já não bastava ter ido para uma ilha deserta, ser atacado e raptado por um bando de piratas ordinários que acreditam que esta minúscula chave é uma bênção de Deus? Não! Vamos pôr o Harry a fazer a coisa que ele mais odeia. Pescar. Tudo aquilo que eu mais odeio, ou não acreditava, junto no mesmo sítio e ao mesmo tempo, não é lindo?

Tenho as roupas constantemente encharcadas, as mãos cheias de sangue e de escamas, um filho da puta de um peixe qualquer mordeu-me num braço com tanta força que até vi estrelas! E ainda não cicatrizou graças ao facto de levar com água salgada constantemente e ter os braços cheios de sal.

Segurava a cana distraidamente, junto aos pescadores, que ao contrário de mim adoravam pescar e até competiam e apostavam para ver quem pescava os maiores e melhores peixes. Como assim ele gostam de estar molhados até aos ossos e a cheirar a peixe? É impensável. Só me apetecia agarrar na cana e mostrar-lhe o interior do corpo de Skull, se é que me entendem. Não? Gostava de lha enfiar pelo traseiro acima e que saísse pela boca daquele grandessíssimo filho da puta!

- Tens de mexer a cana de vez em quando rapaz. – explicava um dos pescadores a meu lado.

Bufei. Quantos menos pescasse melhor, talvez o Skull me mandasse fazer algo decente. Ou deixasse de ser burro e perceber que eu não sei nada que lhe possa interessar. De repente senti um puxão tão forte que ia deixando cair a cana ao mar.

- Que merda! – gritei levantando-me bruscamente, puxando a cana para mim com toda a minha força. Puxava e rodava o carreto freneticamente tendo cuidado para não partir a linha. Os pescadores olhavam atentamente e gritavam incentivos. E se em vez de incentivarem me ajudassem a puxar o cabrão do peixe para o barco? Isso é que era de valor. Amigos de merda que eram.

Ao fim de 10 dolorosos minutos lá consegui puxar um enorme sargo para dentro da embarcação. Os pescadores aplaudiam e assobiavam enquanto me deixava cair no chão com os braços dormentes.

- Estás a ficar popular! – Era Ashton que se aproximava algo divertido. O Skull não morria de amores por ele então deixou-me a seu cargo então ele aparecia de vez em quando.

- Eu sei que sou uma estrela, obrigada por reparares. – gozei. Eu até gostava de Ashton. Ao contrário dos outros palhaços, ele parecia-me um tipo decente.

Olhei para o peixe.

- Será que as entranhas do Skull vão reparar se eu deixar lá o anzol? – perguntei diabolicamente.

The Pirate Ship || h.s ||Where stories live. Discover now