“O imperativo categórico é o único critério válido que devemos seguir para decidir se um ato é ou não moralmente permissível. O imperativo categórico é universal e necessário.”
As palavras entravam e saiam com uma velocidade impressionante. E eu pouco ou nada lhes prestava atenção. Filosofia era a disciplina que mais odiava.
- Mr.Styles, será que gostava de acordar para a aula e dar a sua opinião sobre este assunto? – a professora de filosofia adorava implicar comigo e eu adorava irritá-la.
- A minha opinião? Porque é que estamos a perder tempo em critérios e opiniões de tipos de quem nunca ouvimos falar nem interessam a ninguém? Agimos e pronto. – disse alto e bom som.
- Se acha a minha disciplina tão odiosa então sugiro que a anule. E no entretanto pode arrumar as suas coisas e sair. – replicou um tanto ofendida. Arrumar as minhas coisas? Nem as tirei para fora!
- Com todo o respeito, mas pediu a minha opinião. E eu dei. Porque é que vou para a rua? Fiz algo de mal? – perguntei com um tom falsamente inocente. Os seus olhos faiscaram e eu, agarrando na mochila, dei-lhe um sorriso afetado e sai. Harry – 1 Professora – 0!
Dirigi-me para o recinto exterior e sentei-me no habitual muro. 30 minutos depois vejo Nathan aproximar-se.
- Puto, se continuas assim, mandas a mulher para o hospital com um esgotamento. – comentou divertido sentando-se no muro e acendendo um cigarro.
- Quem me dera Nate. – gozei.
- Ela ficou com uma azia do caralho o resto da aula. Devias ter visto! – troçou Nathan enquanto o fumo saia da sua boca.
- Filosofia é a maior merda de sempre. Não sei porque perdemos tempo com aquilo. – comentei.
- É verdade puto, ninguém quer saber daqueles gajos. – concordou Nathan.
- Pior que isso é o meu pai e aquele barco. Agora quer levar-me a uma ilha onde ele passava o tempo quando era puto. Achas normal? – resmunguei.
- Oh puto, olha que isso é capaz de ser fixe. – Nathan perdera a cabeça só pode.
- Estás louco? Não me apanhas lá! – indignei-me.
- Não estás a pensar bem H. – Nathan olhava-me com os olhos a brilhar.
- Ilumina-me Nate. – pedi.
- Uma ilha! Já viste as vantagens que isso te pode trazer? Lá podemos fazer o que bem nos apetecer sem ninguém estar a ver e se disseres que queres ir para lá e levar amigos, deixas o teu pai feliz e ele deixa de tentar controlar a tua vida. – exclamou em êxtase.
Eu fiquei aparvalhado de todo. Ele tinha razão!
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The Pirate Ship || h.s ||
PertualanganEle odeia o oceano. O oceano é o melhor amigo dela. Ele detesta barcos. Ela vive num. Ele é cético. Ela já viu de tudo. "Life's pretty good, and why wouldn't it be? I'm a pirate, after all" - Johnny Depp