Capítulo 5

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As horas passaram, estava frio e Elsa continuava do lado de fora da cabana amaldiçoando o momento em que ela se apaixonou pela mulher de seu pai. Ela sabia que aquele sentimento assinava sua sentença de morte, seu pai não pensaria duas vezes em mandar Regina colocar uma bala em sua cabeça, e de deixar ela ver Cora morrer primeiro.

Ela mexeu em seu maço de cigarro que já estava vazio, ela fumou um inteiro em poucp mais de duas horas. Bufou e lembrou que tinha um pouco de fumo em seu carro, ela foi até lá pegou e fumou um único palheiro que conseguiu fazer. Sentou-se na escada da cabana com sua arma na mão, sua cabeça parecia um tremendo desastre. Quando ela respirou fundo seu telefone tocou, o número era restrito, ela sabia que era seu pai.

-Filha ?

-Estamos bem.

-Ninguém sabe onde vocês estão certo ?

-Ninguém pai.

-Querida, vou ficar entocado alguns dias até a poeira baixar. Suas irmãos estão longe viajando. Mas já estão cientes do que aconteceu. Regina disse que assim que voltar vai entrar em contato com você.

-Ta bem.

-Nao deixe Cora sair de dentro da casa onde quer que vocês estejam.

-Pode ficar tranquilo. -Elsa tentava ser firme mais sua voz demonstrava mais do que ela gostaria.

-Algum problema filha? Sua voz esta diferente.

-Deve ser por conta do frio, estou do lado de fora da casa fazendo um perímetro.

-Querida, descanse. - eles trocaram mais meia duzia de palavras e desligaram. Elsa estava com frio mas não queria entrar na casa. Não queria correr o risco de ceder aquela mulher e ir pra cima dela. Mas logo ouviu a porta se abrir atrás dela.

-Elsa...

-Voce não deve sair aqui fora.-Elsa cortou Cora na mesma hora.

-Está frio, você não precisa ficar ai fora, só porque ...

-Só porque você me trata como deveria tratar ele? - Elsa se levantou com raiva, travou sua arma e a colocou na cintura. Foi até Cora e a cercou a travando na parede.- só porque sabe que eu não sou como ele ? Sabe que não vou ter coragem de machucar você, de te bater, ou te ameaçar? Diferente dele por baixo de tudo isso. Da filinha do mafioso, existe uma mulher. Existe um coração. E eu não escolhi gostar de você, não escolhi me apaixonar pela mulher do meu pai. Mas aconteceu, e eu tento tirar você da minha cabeça todos os dias, mas parece que quanto mais eu tento, mais você se agarra em mim, e eu só tenho você em cada pensamento meu Cora. E isso me mata, porque quanto mais eu tento te tirar de mim mais parece que você se agarra em meus poros. -Cora nunca se sentiu tão bem em toda sua vida, nunca teve Henry falando dela com tanta paixão. Com tanto amor. Era óbvio que ela sentia algo pela loira, não era só a carência, não era só o proibido, e se ela estava resistindo é porque não queria que a garota acabasse em uma vala qualquer. Elsa foi sair de perto dela e Cora a segurou pela mão, Elsa permaneceu meio de lado, enquanto a mulher acariciou sua mão.

-Eu não estou acostumada a ter alguém querendo cuidar de mim assim. Minhas filhas as vezes são carinhosas comigo, mas sempre longe dele. -Cora respirou fundo e deu um passo mas a frente e fez Elsa olhar pra ela. -E no fundo eu acho que eu nunca soube o que é ser desejada, o que é ter alguém como você. Que quer estar comigo.-Cora acariciou o rosto da mais nova e se aproximou tentando beija lá. Mas Elsa fechou os olhos e recuou, era difícil se negar ha algo que ela tanto queria, respirou fundo e selou seus lábios de maneira terna em sua testa.

-Eu estou aqui, para garantir sua segurança. E nada mais do que isso Cora. E a senhora pode ficar tranquila que nada mais vai se repetir. Foi um erro. E eu não quero que isso aqui seja um final de semana de casal. -na verdade tudo que Elsa dizia era a mais pura mentira. Ela queria sim aproveitar esse tempo com Cora, queria conhecer a mulher, e queria sim ficar na cama com ela por horas.

A MAFIOSAOnde histórias criam vida. Descubra agora