De volta ao lar.

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        Noelle não podia explicar o quanto estava feliz naquele momento. Havia dado seu primeiro beijo, e havia feito isso com a pessoa que tanto amava. Certo que aquele, tímido e desengonçado, com certeza não fora o beijo mais perfeito do mundo, mas para ela, naquele momento, foi o primeiro beijo perfeito.

– Que promessa? – brinca pendendo a cabeça para o lado.

– Eu ainda vou esconder sua varinha. – diz já a puxando novamente para debaixo da árvore. – Seria um problema se toda vez que eu te beijasse, você me mandasse direto pro espaço.

Noelle acaba se surpreendendo com aquelas últimas palavras. Ele pretendia repetir aquilo mais vezes. Isso fez seu coração saltar mais ainda.

– E-Então... você...

Mesmo depois do que aconteceu, Noelle se sentia insegura. Tinha medo de perguntar como eles seriam daquele momento em diante. Medo se agarrar a algo que talvez não possa existir.

– Noelle... – Asta chama, dessa vez em um tom mais sério deixando a garota meio angustiada. – Eu posso ser um idiota, um cabeça de vento... eu posso não entender direito meus próprios sentimentos... – dizia apertando uma das mãos de Noelle que o olhava confusa. – Mas... A ideia de ter outra pessoa fazendo essas coisas com você... beijando você... eu não quero! Nunca! – Diz de repente surpreendendo Noelle.

– O-Oqu-...?! – indaga ruborizada.

– Sentir sua inquietação quando está nervosa, ver seu rosto ficar vermelho, escutar você gaguejando por algo bobo... – fala olhando as mãos de Noelle que mantinha anda sobre as suas. – Eu... quero ser o motivo de tudo isso... sempre... apenas eu...

– Asta... – Noelle não sabia como proceder perante aquilo.

Naquele momento, o garoto havia posto para fora o que realmente estava preso dentro de si, tentando explicar com palavras simples o turbilhão de sentimentos que o preenchia. Asta não fazia ideia se era certo expor aqueles sentimentos egoístas. Noelle não era sua propriedade, muito menos algo que lhe devia obediência mas, sendo certo ou não, era o que sentia no momento.

– V-Você... pedindo algo desse tipo... – começa de repente enquanto desviava o olhar, deixando Asta aflito.

– Noelle... me-me desculpe... eu não devia ter dito isso... me perdo-...

– Quem diria que você poderia ser tão possesivo. – Complementa, por fim se virando de costas para o rapaz que fica sem entender nada. – B-Bom... eu também... não quero ter que pensar em você com uma pessoa... que não seja eu... eu acho...

A cada palavra dita, Noelle ia se abaixando, até estar completamente abaixada com as mãos cobrindo o próprio rosto de tão envergonhada que estava naquele momento.

– He? – Asta exclama surpreso, com certeza não esperava por algo tão direto como aquilo, não de Noelle. – Sério? – Pergunta se aproximando da garota.

– Sério...

– Então... você não quer me ver com outra garota?

– N-Não... pelo menos não desse jeito...

– E se eu beijasse alguma garota?

– Eu acabaria com você. – diz simples fazendo Asta suar frio com a resposta dada como se não fosse nada.

Vendo Noelle ainda ali abaixada com as mãos no rosto, Asta se aproxima junto dela. Ficando ali um tempo, apenas a observando, ela poderia ter perdido um pouco da sua timidez, mas ainda mantinha a vergonha de sempre.

Estendendo sua mão direita, Asta afasta as mechas prateadas que cobriam o rosto da garota.

– Parece que sentimos o mesmo. – diz atraindo o olhar de Noelle.

"No final, eu que me apaixonei por você".Onde histórias criam vida. Descubra agora