Columba

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Harry Pov

Tento repetir para mim mesmo que aquela não é uma péssima ideia, repito várias vezes, mas não consigo acreditar em mim, porque parece ser a pior ideia do mundo.

É um caminho longo da minha casa até ali, mas não me importo muito, já estou acostumado demais a andar para quase todos os lugares, já que eu não posso dirigir.

Na verdade eu encaro isso como uma coisa boa, me impede de ser sedentário e me deixa menos hiperativo.

Porém, minha determinação de andar todo esse caminho vacila assim que avisto a Mansão Malfoy.

Ela é intimidadora, parece uma fortaleza de vidro e aço criada para mostrar a soberania deles e o quanto são intocáveis. 

E como tudo nos Malfoy, ela está no alto.

A enorme casa na encosta do morro parece me encarar como se fosse me engolir, me sinto pequeno diante de tudo aquilo, e sinto minha determinação já tão frágil vacilar de novo por um instante.

Mas mesmo assim me obrigo a subir a pequena encosta em direção a entrada.

Vários seguranças desconfiados me encaram enquanto eu ando pela faixa de pedras brancas em direção a enorme porta cinza.

E evito revirar os olhos como fiz no dia da festa, porque aquilo é um exagero, para quê eles precisam de uma porta daquele tamanho?

Suspiro, pensando que realmente vou fazer isso, e no momento em que toco a campainha elegante, decido que não quero estar ali.

Será que ainda dá tempo de correr?

Mas não, não dá.

Acho que eles pagam alguém só para abrir a porta, porque um senhor de aparência refinada e enjoada abre ela quase que instantâneamente.

— Pois não? — pergunta, me olhando de cima a baixo, e percebo que devo parecer patético com aquelas roupas sem graça e cabelo bagunçado.

Merda.

— É... — hesito — o Malfoy está? Preciso falar com ele.

— E o Sr. é?

— Hmm... Potter, Harry Potter. — ele assente.

— Apenas um segundo Sr. Potter, vou verificar se ele está disponível.

— Ok...

Ele me deixa ali. E eu resisto bravamente ao impulso de me atirar morro abaixo.

"Vou verificar se ele está disponível"

Ah, me poupe! Gente mais fresca.

Reviro os olhos mentalmente, que ridículo. Parece até que ele é o rei.

Lembro-me que não posso ficar com raiva dele agora, não se eu quiser fazer aquela péssima ideia funcionar.

Me sinto gelado. 

Que merda eu estou fazendo aqui?!

Olho para o céu, que já escurece, com algumas estrelas começando a corajosamente mostrar seu brilho pálido.

No entanto, para mim, aquele brilho parace sem vida, frio.

Estrelas...

Elas são as coisas mais fascinantes e surpreendentes do universo. Bolas de fogo, gás e plasma, a milhares de quilômetros de nós, perigosas e mortais.

Completamente imprevisíveis, mas ainda assim... belas.

Tão belas que nos atraem mesmo de longe...

Blue Stars - DrarryOnde histórias criam vida. Descubra agora