Blue Stars - Drarry

Libra

Hey povo, é super >importante< que vocês leiam o capítulo inteirinho ouvindo a música "Can I be him" do James Arthur, ok?
Aproveitem e boa leitura! Nos vemos nas notas rs...
——————————————————

Harry Pov

Olhei uma última vez pela janela, e me virei para dentro do quarto, correndo até a arara de roupas, para pegar uma calça preta simples e uma blusa, e estava me vestindo quando celular tocou de novo.

— O quê?

— Você tem tinta spray?

— Hã? É lógico que eu tenho, por quê?

— Traz, vamos precisar.

— O quê exatamente vamos...

— Harry, só traz a tinta.

— Certo.

Depois de me vestir, peguei duas latas de spray e meu celular, saindo do quarto e descendo as escadas com o máximo de cuidado, para não fazer barulho. Eu sabia que meus pais tinham um sono pesado, mas mesmo assim, não podia arriscar, eu não teria como explicar, e nem queria.

Fechei a porta da frente muito devagar e no mesmo instante que saí, me arrependi de não ter pegado um casaco. Estava frio, muito frio.

De qualquer forma, meus olhos se fixaram em Draco, que continuava encostado na moto, olhando para mim.

— Onde vamos? — perguntei, me aproximando.

— Você vai ver — ele murmurou, se virando e pegando uma pequena sacola que estava pendurada no guidão. — Mas primeiro, vai comer.

Peguei a sacola, juntando as sobrancelhas para ele.

— Que? Eu não estou com fome, Draco.

— Harry, eu sei que você não comeu nada desde que saiu da minha casa. E vai precisar de energia para o que vamos fazer. — ele cruzou os braços.

— Como pode saber que eu não comi?

— Eu conheço você. — ele deu de ombros, então sorriu. — Vai, abre, é café.

Claro que essa frase me fez imediatamente olhar a sacola de papel.

Um copo de café puro, e um pacote de waffles.

— Como você sabe que eu gosto de waffles? — perguntei, pegando o café e virando sem pensar duas vezes.

Era exatamente daquilo que eu precisava. Café puro, quente, correndo por mim, me acordando, agitando aquela raiva.

— Você quer mesmo saber? — ele arqueou uma sobrancelha.

— Na verdade, acho que não. — dei de ombros, e passei a praticamente devorar os waffles, arrancando uma risada baixinha de Draco.

— Ótimo. — falou, um pouco convencido, e revirei os olhos por impulso. Porque eu estava mesmo com fome e ele estava certo.

Ficamos um tempo em silêncio, enquanto ele apenas me observava e eu comia, sem me importar. Não me importava com o que Draco pensava de mim, e sinceramente, isso era reconfortante.