Blue Stars - Drarry

Navi

Draco Pov

Não havia como descrever o jeito que eu estava me sentindo. Não tinha como.

Porque Harry havia me beijado.

E apesar de eu estar tentando parecer muito bem na frente dele, eu queria gritar.

Eu mal pude acreditar quando ele passou os braços pelo meu pescoço e encostou os lábios nos meus. Aqueles lábios, que eu havia sonhado e desejado pelo que pareciam séculos.

Não parecia que era real, de tão... Incrível.

Eu já tinha imaginado aquilo muitas vezes. Mas... Conseguiu ser ainda melhor.

O modo como ele se entregou, a textura dos lábios macios e quentes, o jeito de ofegar baixinho contra minha boca... Harry parecia querer aquilo tanto quanto eu.

Eu senti que havia conseguido o que queria. Não o beijo. Algo melhor.

Parecia que ele finalmente me enxergava como eu era. Draco, e só isso.

E isso era melhor do que qualquer beijo, saber que Harry gostava de mim... Por ser eu.

E que aquela sorte era finalmente minha, embora ainda não tivéssemos conversado sobre aquilo.

Só... Era incrível. E eu queria aproveitar aquela sensação.

- O quê foi? - ele perguntou, sem conseguir esconder o sorriso, andando ao meu lado, em direção a moto.

Ele estava realmente adorável, com as bochechas vermelhas pelo frio, e os cabelos muito bagunçados devido a corrida de minutos atrás, com meu casaco que era grande demais e cobria suas mãos, deixando apenas as pontas dos dedos de fora. Era algo muito irresistível.

- O quê foi o quê? - rebati, dando de ombros.

- Você não para de me olhar. Sorrindo que nem bobo. - ele riu.

- Você literalmente acabou de me beijar, Harry. É impossível parar de fazer uma coisa ou outra. - declarei, e ele pareceu não saber o que dizer.

O céu já estava demonstrava sinais de clareza, apesar de ainda estar muito escuro, quando subimos na moto. E eu adorei o jeito que ele me abraçou, mesmo antes de eu ligar, deitando a cabeça nas minhas costas.

Também não me perguntou para onde íamos, mesmo que eu soubesse que queria. Era só mais um jeito de me dizer, sem palavras, que tudo estava bem. Que ele confiava em mim.

E isso era tão bom que nem precisávamos falar nada.

Eu sentia que tanto eu, quanto ele, ainda estávamos absorvendo o que havia acontecido, o que tínhamos feito na casa de Collin, o flagrante, o beijo...

Foram... Muitas emoções de uma vez. E aquele silêncio era bom agora. Para que pudéssemos organizar os pensamentos com clareza.

Apesar de que ter Harry abraçado a mim daquela maneira certamente me deixava inebriado de coisas boas.

E bem, mesmo com tudo, aquilo era frágil demais. Eu nem sequer sabia o que era.