Alphard

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Atenção, esse capítulo pode conter gatilhos de assédio e invasão de privacidade. Estejam avisados.

Boa leitura!
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Harry Pov

Eu me sentia muito esquisito.

Com uma sensação incômoda e estranha no peito, e não fazia ideia do porquê daquilo.

Desde que Draco havia estado na minha casa, eu estava confuso.

Obviamente me senti muito nervoso para contar a ele sobre o Tdah, porque na verdade só estava esperando uma boa oportunidade para falar, desde que tinha conversado com Pansy sobre aquilo. Mas a reação dele foi diferente de tudo que eu havia imaginado.

Quando contei aos meus amigos, Blaise, Hermione, Ginna e até mesmo Pansy, a primeira reação deles foi tristeza, e em seguida preocupação. E eu entendia o porquê reagiram daquele modo.

Mas com Draco não foi assim.

Ele foi a primeira pessoa que agiu... Normalmente.

Que não fez daquilo uma grande coisa, ou pediu explicações sobre tudo. Eu não tive que dizer a ele o que era Tdah, nem os tipos de remédio que tomava, nem o tipo de terapia que fazia, ou se isso tinha cura ou não.

E... Ele não teve pena de mim.

Ele apenas... Aceitou. E ficou.

Mas não era apenas por isso que eu estava me sentindo esquisito.

O fato era que, eu não podia negar a mim mesmo, que havia acontecido um pequeno clima entre nós, enquanto ele olhava meus desenhos. Porque era absolutamente adorável o modo como parecia encantado com tudo. E por um segundo, eu pude jurar que ele me beijaria. Se minha mãe não tivesse chegado.

Mas o problema não era ele querer me beijar.

O problema, era que ele tinha me chamado de mon chou, daquela forma muito carinhosa e francesa, e eu havia adorado! E eu, naquele momento, não sabia se me afastaria ou não, se ele tentasse me beijar.

E isso estava me deixando muito confuso!

Eu achei que toda minha atração por Draco tinha acabado, já que eu não estava mais carente. Mas pelo visto, não. Eu sinceramente não conseguia me entender!

Claro que tudo isso só piorava, quando eu pensava nele me dizendo que estava comigo. Porque eu não consegui resistir ao impulso de dizer de volta. Era impossível, porque aquelas palavras significavam muito para mim, ainda mais em um momento como aquele, em que eu me sentia levemente vulnerável.

Mas não parava por aí. Porque depois desse momento incrível entre nós, ele ainda se provou extremamente paciente comigo, me ajudando a fazer o trabalho e me explicando tudo que era difícil para que eu pudesse compreender.

Era diferente de quando eu estudava com Hermione.

Ela tinha paciência, mas às vezes se irritava por conta de que eu não conseguia acompanhar o ritmo frenético dela.

E Draco não era assim. Ele era calmo, não se irritava se eu me distraía de repente e começava a desenhar coisas aleatórias no papel, sempre me explicava tudo detalhe por detalhe, e não achava ruim de repassar os tópicos mais difíceis.

Ele me lembrava Remus, quando me ajudava a estudar.

Tirando o fato de que foi um pouco irresistível para mim, não ficar olhando Draco de vez em quando, para ver aquele semblante muito concentrado e pacífico enquanto ele resolvia as questões.

Blue Stars - DrarryOnde histórias criam vida. Descubra agora