Ajudei minha tia com o almoço, e contei as novidades. Lavei a louça e assisti um filme.
Algum tempo depois, escutei gritos, chamando Miya. Junto com o mais novo, fui ver quem era, e me deparo com Reki e Langa.
— Precisava gritar? Você por um acaso conhece "enviar mensagem"? — responde meu primo.
— Mal humorado — faz uma cara fechada pro Miya — OH...
Antes dele completar a frase, coloquei o dedo na frente da boca, para indicar silêncio — Fala baixo, aqui só o Miya sabe que sou skatista.
— Ele queria falar com você, Six — explica Langa.
— Eu queria te convidar para ver meu deposito — fala colocando a mão na nuca.
Aceito, todos formos para a casa do ruivo. E realmente, ele tinha um deposito para confeccionar skates. Fiquei encantada com aquilo, era como um paraíso.
— Uau! Você fez isso tudo sozinho? — pergunto.
— A maioria — responde orgulhoso.
— Então fala, por que me convidou pra cá.
— Você tem dificuldade para manter o equilíbrio, né? — Reki me pergunta, enquanto procurava alguma coisa em uma caixa.
Ele não tá errado, nunca me acostumei com o tamanho do meu skate. Colocava meus pés um pouquinho mais perto das rodas, achei que ninguém percebesse isso.
— Como notou?
— Você bota os pés mais próximos das rodas, e faz uma postura como se procurasse manter o equilíbrio constate. Deve não gostar de skates com o skateboard pequeno — fala com convicção.
Ele observou tudo isso no pequeno tempo que me viu? Esse garoto gosta mesmo disso. Não pude disfarçar minha cara de surpresa.
— Isso mesmo, tô impressionada.
— Mas, se é isso. Por que você só não comprou um skate maior? — pergunta Langa. E os outros colocaram suas atenções em mim.
— Bem, pra começar, nem comprei aquele que uso. Quando tinha uns 14 anos, fui pra uma corrida escondida dos meus pais, e levei o meu skate de brinquedo. Os garotos começaram a zoar com a minha cara e apostamos. Caso eles ganhassem, nunca mais aparecia lá. E caso eu ganhasse, ficaria com o skate dele. Vocês já sabem a resposta.
Eles me olharam boquiabertos, nem mesmo Miya sabia disso, e olha que ele é um dos únicos que sabem das minhas aventuras.
— Corra comigo! — fala Langa.
— Claro que sim. Soube por alto da sua fama lá na S, Snow — falo, mas volto minhas palavras ao ruivo — Você quer fazer um novo skate pra mim?
— Sim! — fala.
— Então... o que estamos esperando?!
Um lindo sorriso aparece no seu rosto. Ele começa a me perguntar várias coisas, as quais respondo sem dificuldade. Contudo, diferente do que eu esperava, ele pega um skateboard de vidro.
— Calma, isso é seguro? — pergunta Miya, claramente pensando se o amigo tinha pirado de vez.
— É! Foi feito com um material especial, não vai quebrar com tanta facilidade — Reki explica.
Então, aparece duas menininhas, deviam ser irmãs mais novas do Reki.
— Oh! Uma garota — uma delas fala.
— Pode vim brincar com a gente? — a outra pergunta.
Olhei para o ruivo, perguntando como se tivesse problema eu ir. O mesmo balança a cabeça em sinal de não.
— Posso sim, vamos — falo pegando a mão de cada uma.
Ficamos um bom tempo juntas, eu falei que também sabia andar de skate e demonstrei algumas manobras. Elas são muitos fofas! Não gostava tanto de crianças, mas elas eu não tinha como odiar, tinham o mesmo jeito alegre do irmão.
Logo a mãe do Reki nos chamam para lanchar. Eu falei que sou a prima do Miya, e o acompanhava nos treinos de skate, e apenas isso. Após a comida, voltamos para o deposito, porém sinto minha blusa ser puxada.
— Nee-chan não vai brincar com a gente? — uma pergunta. Faziam umas carinhas tão fofas.
— Ela vai ter que nos ajudar agora — fala Reki, indo em direção ao local.
— Ei, não fiquem com essas carinhas. Depois a nee-chan volta outro dia pra brincar mais — falo me abaixando.
— Promete? — as duas falam ao mesmo tempo.
— Sim, prometo.
Elas saem e vou onde os meninos estão, não posso negar, aqueles rostinhos me derreteram.
Empurro a porta, os três estavam olhando alguma coisa na mesa, franzi o cenho, será que já tá ponto?
— Ei, o que foi? — pergunto pra os garotos.
Eles se viram, Reki segurava meu skate nas mãos.
— Aqui, o modelo Transparent Ultra Fast 0.1! — me entrega.
Mano, que lindo! Nunca tinha visto um skate daquele.— Eu adorei! Ficou irado demais! — falo abraçando o ruivo, e beijando-o na bochecha, que corou com a demonstração de afeto repentina.
Me viro para Langa — Eu preciso testar ele, quer me ajudar com isso?
Ele sorri, e aceita na mesma hora. Miya fala que podemos ir na S, eles concordam, aparentemente sabem de uma entrada secreta.
Eu não segurava minha ansiedade, quero muito testar esse skate. Minha animação era evidente. Mas só iriamos pra lá de noite, até isso, não vejo a hora de fazer umas manobras nele.
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𝐴𝑝𝑒𝑛𝑎𝑠 𝑈𝑚 𝑆𝑘𝑎𝑡𝑒 - 𝑆𝐾8 𝑇ℎ𝑒 𝐼𝑛𝑓𝑖𝑛𝑖𝑡𝑦
FanfictionS/n Aok, com seus 20 anos, se muda para a cidade onde acontece a "S", a convite do seu primo mais novo Miya. Escondendo sua paixão por andar de skate, e descobrindo novos sentimentos. Fará novas amizades, e conhecerá melhor um homem de cabelo rosa...