Dia de domingo é dia de ficar com a família, ou pelo menos esse é o lema dos meus pais. Nós passamos o dia inteiro juntos e podemos fazer o quê quisermos, contanto que seja em família.
Pela manhã, mamãe e eu começamos o almoço enquanto papai e Axel assistem a jogos de futebol na tv. Depois de almoçarmos, a louça é por conta de mamãe e Axel, o quê quer dizer que papai e eu temos tempo para ficarmos juntos, só nós dois. E há apenas uma decisão, a oficina.
Temos muitos gostos em comum, é verdade, mas o maior deles, acho, é o nosso amor por carros. Eu ajudo papai no conserto do carro de alguns clientes e conversamos sobre coisas aleatórias, isso me deixa feliz e tenho certeza que também alegra meu pai. Nós conversamos sobre minha caminhonete e ele me dá um prazo razoavél de quando ela poderá ficar pronta, o quê me deixa ainda mais animada.
Tenho trabalhado duro para reformá-la e saber que embreve poderei tê-la comigo, é gratificante.
- Pode me passar a chave de fenda, cariño? - sua voz saí abafada por estar mexendo no capô do carro e eu assinto, mesmo que ele não possa ver.
Pego o objeto e entrego para papai, me encostando bem ao seu lado. Ele sorri e agradece.
- E aí.... como vai a escola nova?
Eu solto uma risada porquê sei que esse é o jeito de papai se certificar de que estão tratando bem sua garotinha. Não digo para ele ou mamãe o quê aconteceu com os idiotas do time de futebol, embora eu saiba que eles não tenham comprado a história de que eu havia simplesmente caído.
- Tudo bem até agora. As aulas são mais avançadas e o conteúdo é bem pesado, mas em pouco tempo consigo me acostumar. - minha resposta é capaz de tirar o maior dos maiores sorrisos de meu pai.
Eu sei que ele e minha mãe se orgulham do fato que consegui uma bolsa de estudos em uma das escolas mais renomadas da cidade.
- Está tudo bem contigo não é, mi reina?
- Claro, tudo bem pai. Por quê está perguntando isso?
- Sua mãe e eu notamos que você está um pouco.... diferente desde a festa na casa de Max. Eu prometi a ela que iria conversar com você, princesa, e é por isso que estou aqui.
Ele fecha o capô do carro e se vira para mim, me entregando uma garrafinha de água.
- Valeu. - bebo um pouco do líquido e respiro fundo. - Se esse é o seu jeito de tentar saber se usei drogas na festa de Max, a resposta é não. Eu só bebi.
- Nada de drogas? - ele levanta a sobrancelha quando eu nego. - Nada mesmo? Nem maconha?
Coloco a garrafa vazia em cima da mesa e volto a me encostar no carro. Olho para meu pai e percebo que há uma certa ansiedade em seu olhar. Ele quer que eu diga que não usei maconha porquê, caso ele saiba, terá que contar para mamãe e isso significava que teríamos briga naquela casa.
- Você pode me contar a verdade, Soojin. Quando eu era da sua idade, eu fazia de tudo também e...-
- Então por quê está tentando me controlar? - papai me olha. Ele para um pouco e faz uma cara pensativa.
Eu sei que meu pai se preocupa comigo, na medida certa, mas geralmente ele não é de se intrometer nesses assuntos. Então pela expressão em seu rosto eu posso contar que o motivo pela qual ele esteja me perguntando todas essas coisas é minha mãe.
- Eu não usei maconha, pai. - respondo por fim. - Mas o senhor sabe que eu uso, de vez em quando.
Ele faz um sinal com o dedo nos lábios para que eu falasse baixo e eu solto uma risada alta.
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Sin Esperanza
FanfictionA Skyline Highschool é um conceituado colégio que apenas aceita alunos de altas condições financeiras, dispensando qualquer tipo de estudante baixa renda. Shuhua está entre eles, cursando seu último ano do ensino médio, sua vida vai muito bem, obrig...