Capítulo 40: Ahgnim

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Roma, Paraíso

– Ora, ora, o que temos aqui? – Sephiroth disse, fitando a bola prata-azulada flutuando a um metro do chão.

Estavam na Sala Regia, onde, na Terra, servia como um salão de estado no Palácio Apostólico do Vaticano, contudo, desde que trouxera a alma da Cidade de Prata, Kifo a tinha esvaziado completamente para guardar a alma. Dois dos três membros restantes da Soulryak – Balai, o Hasashuryak, e Norie, o Thunroryak – faziam sua segurança, impedindo qualquer um de se aproximar.

– Uma alma sem forma. – Kifo explicou, mas se perguntou se Sephiroth já não sabia daquilo. – Pertence a um homem chamado Suktor. – O outro coçou o queixo, pensativo.

– Me pergunto se se trata da mesma pessoa que estou pensando. – disse por fim. – De qualquer forma, como pretende trazer a forma dele de volta?

– Com meu um de meus subordinados, é claro.

Não demorou para que Amarwen respondesse seu chamado pela memória coletiva. O Filho do Abismo estava com o rosto muito melhor, praticamente sem qualquer sinal de que quase desaparecera completamente quando estava no Reino dos Vivos. Agora trajando roupas mais confortáveis, ele veio hesitante até a dupla.

– Quero que você use sua especialidade única para dar a essa alma o formato que ela tinha em vida. – Kifo ordenou; sua voz estava mais autoritária do que de costume para impressionar o Libertador. – Depois, pode voltar para a alma original.

– Não tenho certeza se serei capaz em tão curto tempo, senhor. – Amarwen respondeu, mas arrependeu-se assim que viu o olhar irado de seu Senhor de Guerra.

Ele foi até a alma, colocando a mão sobre ela. Sentia o morno que ela possuía, diferente do calor que as almas tradicionais do Paraíso. Amarwen sentiu algo diferente nela; sentia um poder, algo bem parecido com o que Maxwell Burkhardt tinha, mas ao mesmo tempo, era diferente. Era algo mais profundo, mais desesperador, mais sombrio.

Amarwen lançou-se para dentro da alma, sentindo as memórias daquele homem – sim, agora sabia que era um homem – tomando conta de si. Viu que Suktor tinha feito as coisas mais terríveis possíveis, saqueando vilas e cidades, matando reis em seus tronos e estuprando suas filhas; viu-o matar um de seus filhos e netos. Ele parecia um ceifeiro da Morte, pois colocava quantos homens, mulheres e crianças podia dentro de suas covas.

Percebeu, também, que ele tinha viajado a outros mundos com a ajuda Sephiroth. Amarwen achou os mundos interessantes. Faria uma visita a eles depois de vencerem a guerra, caso Kifo permitisse. Apenas quando a memória de sua morte se encaixou, foi que a forma da alma surgira.

Kifo viu surgir os braços e pernas primeiro, nus – como todo seu corpo – da alma. Finos a princípio, mas logo assumiram um tamanho normal. O tronco cresceu, chegando ao tamanho normal. Por fim, a cabeça tomou sua forma. Seus cabelos cumpridos caiam desgrenhados e sujos a frente de seu rosto; eram pretos, tão pretos quanto podiam ser. Levantou o rosto para a dupla, revelando olhos intensos de fúria em um tom claríssimo de azul, quase como gelo. Sob controle de Amarwen, ele tocou a alma de Luke, voltando a ele.

– Quer dizer que você morreu mesmo naquele pântano – Sephiroth disse, irônico – Suktor Van Helsing.

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Istambul

Quando Týr soube da minha escolha, ela pirou. Se tivesse meu tamanho, teria me linchado; mas seu tamanho diminuto apenas permitiu uns socos que nem doeram – mas que Lana também sentiu em seu rosto.

Afterlife: AscensãoOnde histórias criam vida. Descubra agora