— Interessante. — O homem medonho sorria de forma doentia
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Saudações a você que chegou aqui. Eu sou o Viajante e como de costume, venho complementar o grande relato de Thomas com alguns detalhes. Você está prestes a saber de um dos capítulos mais tensos da história desse rapaz e as consequências que isso trás, mas antes, tenho que explicar alguns acontecimentos.
Começando por uma noite cerca de 1 ano e meio antes de Thomas entrar de "cama" no mundo oculto. Uma noite a qual um homem magro e de pele morena se aventura nas redondezas de um hospital abandonado em algum lugar no Rio de Janeiro.
Gabriel não era um homem muito corajoso, mas seu faro de repórter dizia que havia algo ruim por lá, algo que deveria ser filmado e exposto, fazendo quem sabe seu nome na profissão, mesmo com apenas 2 anos de "carreira". Sabia que se o mendigo estivesse certo, aquele era "o" local. Então trataria de investigar a informação.
Talvez você se pergunte o motivo de não chamar a polícia, mas Gabriel via naquilo a possibilidade de alavancar sua carreira com a resolução de um caso que estava assombrando o país, ou pelo menos algumas famílias, já que pessoas desapareciam todos os dias e ninguém dava a mínima. Mas se ele expusesse uma organização criminosa que raptava pessoas... Já se imaginava apresentando um telejornal.
Gabriel não estava necessariamente errado em suas idéias, mas o repórter estava se metendo com algo muito maior do que imaginava. Algo que poderia enlouquecer pessoas que não tinham ideia do que era a verdadeira maldade.
E cruzando um pouco a estreita linha que separa a bondade da maldade, temos os chamados de "vilões", pelo menos os da vez. O grupo de indivíduos com divergentes pensamentos, unido há alguns anos pelo objetivo de trazer a paz ao mundo, mas como meia dúzia de pessoas fariam isso, apenas o líder sabia.
O homem de meia idade, magro de pele amarelada, com fortes traços asiáticos e de cabeça raspada, com a exceção de uma mecha longa na parte de trás, indo até pouco abaixo de seus ombros, estava observando na companhia de um mais novo, caucasiano e com alguns traços demoníacos escondidos em um casaco com capuz.
— Por que sempre tem que ser um lugar sinistro? Não é que eu tenha medo ou coisa assim, mas esse clima de filme de suspense não é o meu estilo. — O homem que parecia estar na casa dos 30, passava a mão nos chifres pontudos sob o capuz, com medo de rasgar o tecido.
— Seria estranho um íncubu ter medo do escuro. — O asiático de meia idade, que para o outro parecia mais um samurai que perdeu a espada, falou no automático.
— Concordo, normalmente eu sou a coisa a se temer, mas acho você deveria ter trago a geladinha, ela é mais dessas coisas "sombrias".
— Poderia, mas é de você que preciso, como também não me sentiria bem em trazer uma mulher aqui e não deixá-la fazer nada quanto ao que acontece lá dentro. — O líder falou em tom de pesar, desfazendo o recorrente sorriso malicioso do íncubu.
— O que tem aí dentro? Que lugar é esse?
— Vamos. — O líder falou e eles seguiram o repórter.
— Ele não vai nos ver?
— Criei um campo psíquico ao nosso redor e outro ao redor dele. Qualquer um que olhe para nós em um raio de 50 metros, não verá nada, incluindo telepatas de classe B.
— Show... — O íncubu aproveitou para desenrolar sua cauda, que era grossa na base e fina na ponta, onde portava uma seta pontuda. Apenas queria subir mais a calça e feito isso, a enrolou novamente.
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Livro 3 - O Resgate da Mãe Aborrecida
Science FictionApós uma traição vinda de uma das pessoas que menos esperava e com a equipe agora desfalcada, Thomas recebe a mensagem do alienígena que sequestrou sua mãe, marcando o local da troca, a cidade do Rio de Janeiro. O resgate? Um amuleto que põe em risc...