— Seja útil à alguém e ajude os outros ao invés de ficar se lamentando por não ter motivo para viver.
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Ao mesmo tempo em que as coisas se complicavam para os nossos heróis, também se complicava para o anti-herói, mas não o que você deve estar pensando. Matt estava todo dolorido, enquanto sua rival já havia saído, após dizer que havia perdido o interesse nele, após 4 vitórias fáceis, sendo a última usando apenas as pernas.
Matt não entendia como não conseguia fazer nada contra Kendra Ahmar. A força da natureza não era muito mais forte que ele, apenas extremamente ágil e sabia acertar bons golpes. Matt sabia que sua habilidade única o tornava mais rápido que o maior velocista do mundo, então por que não conseguia reagir a tempo? Por que corpo se movia tão devagar e desajeitadamente em comparação ao dela?
— Nem precisa ser empata para sentir essa frustração. — A Rainha da Guerra deu as caras no corredor do 4° andar abaixo do 3° laboratório. Obviamente, procurando a neta, mas como sempre, Matt não estava a fim de bater papo.
— Ela já saiu... — Ele falou contra a vontade, tentando fazer com que a mulher saísse dali para que ele voltasse a pensar no assunto.
— Eu sei. Fiquei de esticar as costas com Kendra, mas me atrasei um pouco e soube que ela já havia saído após derrotar você outra vez. Como não quero perder o tempo de vir aqui, resolvi descer para conversar um pouco sobre isso.
— Não gosto de conversar. — Matt ficou incomodado ao se ver naquela situação, ainda mais quando a mãe de Sheska se sentou ao seu lado.
— Eu sei, então pode apenas ouvir. Você é muito poderoso, mas tem muitos defeitos, entre eles a sua presunção quanto a não ligar para a relação entre eficiência e poder. Você tem potencial para ser uma bênção ou um problema sério para esse planeta, então quero saber para onde essa crise existencial irá levá-lo.
— Não ligo para os problemas dos humanos ou mesmo os desta cidade. Gostaria de uma razão, algo para me motivar a seguir adiante sem a monotonia da rotina, talvez conhecer minhas origens, mas... — Matt se calou.
Ele havia se esquecido de que apenas Kara sabia o que ele era e que não era algo bom. Talvez a comandante das forças de defesa estivesse interessada naquilo e não fosse uma boa ideia dizer mais do que o necessário.
— Quer entrar na elite e ir a lugares perigosos para encontrar seus iguais? É franzino e desajeitado, mas é quase tão forte quanto minha neta, tem boa tolerância a dor e essa habilidade única nos pés, a qual o permite ser bem mais rápido do que eu. Com isso, é um classe A, fora as outras habilidades. — A loira observou.
— Pelo menos reconhece o meu potencial para classe S. — Ele pôs a mão no joelho e olhou para cima, pensativo.
— E sempre que luta com alguém mais ou menos no seu nível físico, perde. — A última palavra o atingiu com mais força do que esperava.
Parando para pensar, não havia derrotado alguém em seu nível físico, no máximo trocado alguns golpes com umas 3 pessoas. E como se focou na mais fraca das forças da natureza, não teve a oportunidade de se provar superior a ninguém.
— Você está certa, mas estou tentando corrigir isso, derrotando a Terremoto.
— Então é melhor desistir, porque isso não vai acontecer. — A mulher falou sério ao cruzar os braços e esticar as pernas definidas na calça colada, identificando todas as micro expressões faciais no rosto neutro, algo que a fez sorrir.
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Livro 3 - O Resgate da Mãe Aborrecida
Science FictionApós uma traição vinda de uma das pessoas que menos esperava e com a equipe agora desfalcada, Thomas recebe a mensagem do alienígena que sequestrou sua mãe, marcando o local da troca, a cidade do Rio de Janeiro. O resgate? Um amuleto que põe em risc...