17 - O Contêiner

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— Não gosto de matar mulher, ainda mais uma que vai ser tão gostosa daqui uns anos, posso poupar ela? — O homem de olhos vermelhos perguntou.

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Segundos depois de aparecer num tipo de lugar que só havia visto na TV, a primeira coisa que notei, foi Skyler não estar lá e depois, meu corpo não estava bem... Devia fazer o possível para não usar meus poderes, apenas o lobo ou o chimpanzé e mesmo assim, por pouco tempo.

— Vocês demoraram, hein? — Uma mulher negra com cabelos cacheados e corpo largo, saiu de algum lugar pouco após Mirno sumir. — Cadê a outra?

— Ela veio primeiro, deve estar por aí. — Wendy observou. — Falando nisso, a marciana ficou muito estranha agora pouco, que negócio é esse de contrabando?

— Depois, não podemos sair daqui de mãos abanando, entendeu? — A mulher negra mudou o tom de pele para caucasiano, enquanto seu cabelo ficava liso e o rosto mais jovem, enquanto o corpo perdia massa e os seios cresciam.

— Uau... — Observei ao começarmos a andar em direção aos vários corredores de contêiners com as mais diversas cargas.

— Aliás, tudo bem aí? Você está exausto e com sede, todo dolorido e ainda parece com febre... Fora esse cabelo grande, ele não devia voltar ao normal?

— Eu não estou com cabeça pra pensar nisso agora, mas vou ficar bem, não se preocupe. — Passei o dedo na sobrancelha direita, deixando cair 3 gotas de suor, a fazendo duvidar. — Pode dizer algo sobre a carga?

— Procuramos um contêiner que uma galera barra pesada vem pegar.

— Vamos nos separar então. Você é sensorial, pode ir numa direção e nós vamos na outra, quem encontrar os vilões, avisa pelo celular, se achar a Skyler, diz para ela seguir numa outra e continuamos a busca.

— Ok, até mais. — Alexis saiu correndo como Wendy, me fazendo pensar que ela correndo de biquíni seria algo lindo de se ver em câmera lenta.

— Qual é a desse sorrisinho aí? — Wendy perguntou, ao andarmos para o outro lado, onde parei perto de um contêiner azul.

— Mesmo nessa situação, ela tem um corpo perfeito, é impossível não ficar feliz ao vê-la correr, não espero que você entenda. — Fiquei sem jeito.

— Já sei, se a mulher tem carne sobrando, ela uma maravilha que merece ser apreciada. — Wendy revirou os olhos e andamos. — Não sei como você consegue se controlar comigo, já que passamos tanto tempo juntos... — Ela puxou assunto.

— Com você é diferente. Somos amigos, não pegaria bem se eu ficasse "babando" pelo seu corpo, mesmo sendo muito atraente e estar cada dia melhor, apesar do seu destaque ser do busto pra cima e... Melhor eu parar de falar.

— Não, eu entendi... Não preciso me preocupar com você me secando, já que sou maior em cima e sua preferência está na de baixo, mesmo amando seios grandes. E como dá vergonha olhar comigo de frente, fica na sua, tranquilo. — Ela sorria.

— Exatamente! Pensei que fosse ficar magoada. — Suspirei.

Eu não tava falando sério... — Wendy me encarou com uma voz seca, me deixando muito envergonhado. — Não tenho a feminilidade frágil, não me incomoda você ter essa tara, mas sabe como mulher é um bicho sensível com aparência, a maioria odeia ver um homem dizer suas "preferências", a menos que se encaixem no perfil.

— Eu falo o que gosto, não é como se desprezasse as outras, acha que não sei o que as mulheres falam? Acha que nunca ouvi que todo homem peludo é sujo? Relaxado? Porco? Acha que eu nunca ouvi que se é gordo "não vai aguentar com a mulher"?! Acha que eu nunca ouvi uma mulher dizer... — Parei ao perceber Wendy me olhando de cima a baixo, enquanto eu estava balançando o dedo próximo ao queixo dela.

Livro 3 - O Resgate da Mãe AborrecidaOnde histórias criam vida. Descubra agora