14 - Algo Está Errado

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Tinha aguma coisa muito errada com aquela história...
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— Já deve ter passado das 8 no Brasil, daqui a pouco temos que voltar. — Wendy ia falando. — Fiquei acabada, mas se descansar mais uma meia hora, comer um pouco e absorver a energia de alguns garotos, volto mais ou menos ao normal.

— Já eu, não tenho essa facilidade... — Falei ao conseguir mover os braços, me dando conta de que em meia hora estaria mais ou menos bem. — Sorte que não gastei demais, o leão gasta menos que o tigre, mas acabo perdendo o foco.

— Perdendo o foco?! — Wendy me assustou. — Cara, você tem ideia de como ficou? Você não pode usar o leão, é perigoso demais! Naquele dia só não atacou a gente porque a Kara te segurou e hoje a Skyler te convenceu.

— Tem certeza? — Fiquei confuso. Achava que não tinha feito nada demais, sabia que tive uma leve discussão com azrael e lutamos com os ghouls, mas só isso.

— Esquece, você me salvou... — Wendy parecia reconsiderar, mas antes que eu dissesse outra coisa, ouvimos o som de algo muito pesado se aproximando rápido.

Chegamos tarde demais. — Ouvimos uma voz e pouco depois, um cara magro, de 20 e poucos anos, cabelos castanhos compridos e orelhas pontudas, veio voando, até que percebemos sua altura de pouco mais de 1,60. Obviamente um fae.

— Vocês estão bem? — Um homem muito musculoso de 30 e poucos anos, com a pele morena, cerca de 2,20 de altura, chifres e traços faciais de touro, roupa preta e cauda bovina, veio das árvores, parecendo preocupado.

— Chegaram tarde. — Wendy falou com cansaço e o natural mais velho explicou a situação para eles, até que Azrael voltou.

— Achei essa bolinha flutuando e ela tentou fugir. Custei pra consegui pegar sem quebrar. — Ele parecia cansado e veio segurando uma esfera do tamanho de uma bola de tênis, a qual parecia desviar a luz, porque estava quase invisível.

— Deixa eu ver isso. — O fae se interessou ao chegar mais perto.

— Cuidado que ela escapa. — Azrael a pôs na mão do fae, que pegou a esfera e a soltou no que parecia um campo de força invisível, já que a esfera começou a se mover e bater em barreiras ao tentar escapar.

— É uma câmera. — O homem magro observou.

— Estavam vigiando vocês? — O taureno perguntou.

— Sabe de onde é essa tecnologia? — Wendy perguntou.

— Não sei dizer... — O fae pôs a mão no queixo. — Quem mandou, estava vigiando o ataque dos monstros, então é provável que seja o responsável. Mas por quê?

— Se for dos triclóides, sabemos quem está por trás desse ataque ao portal do Brasil e também no da Alemanha. Talvez até o ataque ao Egito, Japão e Congo. — Me forcei a ficar de pé, mas tive que voltar a ficar sentado.

— Engano... — Skyler, que estava quieta, virou a cabeça para o lado e seguiu até a esfera, a olhando de perto. — Esta tecnologia é de Kryan.

— O quê? — Wendy se pôs de pé, abrindo um buraco na roupa e combate e tirando da bermuda o celular e um aparelhinho que produzia sinal, uma das coisas que Grace nos deu. — Kryan não é tipo um planeta "parceiro" da Terra?

— Tecnologia pode ser comprada, mesmo que por meios ilegais. O problema é se há ligação com os ataques que temos sofrido. — O fae falou, enquanto encarava Skyler, que parecia distante e o taureno coçava a cabeça. — Isso pode ser sério, vou levar para Enosiac e relatar, vocês podem ir após a identificação.

Livro 3 - O Resgate da Mãe AborrecidaOnde histórias criam vida. Descubra agora