Enfim, andamos por um tempo e vimos a estátua de um homem sentado em um banco. Esse homem era Carlos Drummond de Andrade, um famoso poeta brasileiro.
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Mirno tocou no meu ombro e no de Skyler, fazendo tudo girar e no segundo seguinte, pensei ter entrado em um forno. A diferença de temperatura me pegou no susto. Estava de bermuda e camisa fresca, só que em minutos estaria suando.
A propósito, nos vemos dentro de uma espécie de tenda, a qual convenientemente fazia com que ninguém nos visse surgir no meio de uma praia. Não sabia direito se tinha sido uma boa ideia de Wendy irmos de chinelos, mas de qualquer forma, nós estávamos mesmo no Rio.
— Vou tomar um refrigerante, a Grace disse que vocês tem o meu contato, então avisem se precisarem, mas não agora. — O garoto ruivo de 1,40 de altura verificou suas orelhas sob o boné, pôs óculos escuros e saiu da tenda.
— Isso é muito legal, já estamos em outro país! — Wendy observou.
— Não é só outro país, vejam essa maravilha aqui — Reginaldo abriu a tenda, revelando a praia. — Ah Copacabana... — Ele abriu os braços.
Ao que parecia, a praia de Copacabana era algum ponto turístico ou lugar muito popular, pois haviam mais pessoas lá do que imaginei, fosse no banho de mar, ao pegar Sol e a praticar esportes, fora os bares e as pessoas andando pelo calçadão, tornando a ideia de "lutar na surdina" contra extraterrestres, impossível.
— Uau, eu queria cair nessa água — Wendy observou. — Temos quanto tempo?
— 55 minutos, a estátua do Carlos Drummond de Andrade é longe? — Perguntei para Reginaldo, já que teoricamente ele era o nosso guia ali.
— Uns 20 minutos pra lá, só ir pelo calçadão. — Ele apontou para a direita. — Já eu, vou ter que ir na cidade, mas depois volto aqui pra cair um pouco na água e comer um espetinho. Boa sorte aí. — Reginaldo soltou as tranças e saiu apenas levantando a mão, sem nem se dar o trabalho de olhar para nós.
— Ele abandonou a gente? — Wendy não gostou.
— Temos que ir sozinhos. — Tive que dizer, reparando que a garota de pele clara e cabelo escuro olhava para as pessoas tomando Sol na areia.
— Súcubu... — Skyler observou de cara feia e foi até lá, onde Wendy e eu a seguimos, até chegarmos a uma mulher caucasiana do porte de Wendy, mas com pelo menos 10 quilos a mais, de cabelo preso em um rabo de cavalo médio e de biquíni discreto, sentada em uma cadeira de praia sob um guarda-sol.
— Uma prima, outra prima e um natural. — A mulher nos identificou, sem ao menos nos olhar, por estar lendo algum tipo de revista em quadrinhos. Não conseguia ver o nome, só uma menina com dentes grandes e vestido vermelho na capa.
— Veio roubar o amuleto novamente? — Skyler parecia pronta para varrer a praia com a cara da mulher, me fazendo perceber o óbvio.
— Vai com calma, prima, aquilo foi só um trabalho. — Ela levantou o rosto, exibindo um par de lindos olhos verdes em tom mais escuro que o normal, lembrando muito esmeraldas, quase me hipnotizando.
— Alexis... — Falei sem pensar duas vezes.
— Em muita carne e osso, ursinho. — Ela falou de forma doce ao se recostar, exibindo seu corpo carnudo e seus seios enormes, até Skyler se pôr na minha frente.
— O que deseja aqui?
— A Grace pediu pra dar uma mão, então pode desarmar, não sou bem uma ladra, sou uma recuperadora, sou terceirizada pelo governo para recuperar tecnologia e objetos de origem extraterrestre que se perdem na Terra, mas não aceito mais fazer trabalho para os triclóides, mesmo se o dinheiro for bom.
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Livro 3 - O Resgate da Mãe Aborrecida
Science FictionApós uma traição vinda de uma das pessoas que menos esperava e com a equipe agora desfalcada, Thomas recebe a mensagem do alienígena que sequestrou sua mãe, marcando o local da troca, a cidade do Rio de Janeiro. O resgate? Um amuleto que põe em risc...