15 - O Resgate da Mãe Aborrecida

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— Vejo que treinou um pouco, imagino que com isso mais o traje kryniano, pensou que seria o suficiente. Não é.

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Depois de muitos acontecimentos, sendo alguns estranhos, outros absurdos e ainda inacreditáveis, chegamos a tempo de nos ajeitarmos as pressas para a troca, quase na hora em que uma pequena nave invisível chegou, ficando camuflada no ar e abrindo uma parte, onde 2 soldados alienígenas pularam e caíram de pé.

Ambos usavam trajes que pareciam saídos de um filme de ficção científica, com direito a capacete e tudo, só que um deles tinha o traje azul escuro, obviamente o triclóide com 1,70 de altura que já havia virado um problema na minha vida e o outro de preto, parecendo ter 1,65 e ser mais magro. Torci para ele ser mais fraco.

— É bom revê-lo, garoto. Espero que tenha feito sua escolha. — Zirck falou sem uma voz eletrônica, me fazendo pensar em seu sotaque, que lembrava o de um réptil, mas parando para pensar, répteis não falavam, então de onde era aquele sotaque?

— Onde ela está? — Tomei a frente, ficando entre Wendy e Skyler.

— Tragam. — Ele virou um pouco a cabeça e levantou o braço, fazendo com que outro triclóide saísse da nave com o que parecia uma maca flutuante, onde minha mãe vinha deitada, enquanto ele descia flutuando devagar.

O alienígena vinha com um cinto antigravidade, bem parecido com os usados em Enosiac, com cinto, braceletes e tornozeleiras, tudo em preto, combinando com o traje. A novidade era o pequeno jato de luz que saía de suas costas para controlar impulso e direção, numa combinação que o permitiria voar muito rápido.

Com aquele, eram 3 triclóides. 2 deles pareciam ser mais fracos do que Zirck, mas o quanto? Skyler tinha garantia de vitória, Wendy conseguiria reagir ao outro, mas precisaria de um tempo até poder usar todo o seu poder para vencer, já eu...

— Não quero prolongar isso. — Estendi a mão para Skyler, que me deu o amuleto, até que o forcei com os dedos, usando toda a minha força, já sabendo que não teria resultado. — Estão vendo? Sem truques.

— Será mesmo? — Zirck apertou alguns botões em seu pulso esquerdo e um feixe de luz saiu dali, fazendo uma rápida varredura luminosa na área.

Leprechaun. Maturidade, jovem. Nível de ameaça, nulo. — Uma voz eletrônica falou, me fazendo sentir o estômago revirar. Fiquei feliz por estar de barriga vazia.

— Surpreso? Vocês não tem acesso a esta tecnologia. — Zirck olhou para o triclóide que levava minha mãe na maca.

O subordinado então, pôs uma espécie de algema em si mesmo, o ligou ao aparelho, depois o desativou, fazendo uma estrutura metálica descer, virando praticamente uma maca normal, chegando ao chão em um impacto considerável.

Minha mãe pesava bem mais que eu e pelos triclóides serem comparados aos morfadores, desconfiava que tinham peso parecido, então eram mais pesados do que Skyler, logo... Mirno não conseguiria transportar ambos e se conseguisse, o soldado poderia até matá-lo quando chegassem ao destino, pois o leprechaun ficaria exausto demais para voltar em um instante.

— Ele é a nossa carona. — Tentei me manter calmo.

— Esperava um dos poderosos, especialmente o meio celestial. Pessoalmente, tenho curiosidade por seu poder. — Zirck observou.

— Também esperávamos que vocês esperariam por ele, por isso que resolvemos não arriscar. O carinha nem é perigo, colabora aí. — Wendy tentou convencer Zirck, mas ele não parecia ser bem o tipo que se dobraria tão fácil.

Livro 3 - O Resgate da Mãe AborrecidaOnde histórias criam vida. Descubra agora