Capítulo 4 - Fetish

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Estava inquieta depois fique tínhamos feito aquela tarde. Era como se estourassem fogos de artifícios dentro do meu peito e as faíscas ardessem a garganta até saírem pela boca.

Quantas vezes tinha desejado meu homem daquela maneira, quantas vezes eu imaginei o quanto Jimin poderia me deixar completamente maluca.

Como nos velhos tempos.

Existia uma faísca, um resquício de que poderíamos reparar os danos que o tempo nos causou e salvar aquilo que chamávamos de amor. Eu o amava com todas as minhas forças, amava ao ponto de me submeter a essa situação.

Ao voltar para casa após o trabalho, eu tive aquele vislumbre de que as coisas mudaram desde a hora do almoço, sentia que abrir o jogo não me tornava uma megera ingrata com um homem de bom coração.

Jimin fez questão de ser um bom cavalheiro aquela noite, longe do seu celular e de qualquer coisa que o tirasse do meu canto de vista. Sentou-se na minha frente, pousou as mãos pequenas em cima das minhas coxas onde faz um caminho melindroso entre elas com a ponta dos dedos, subindo e descendo.

Não falávamos nada naquele momento, eu deixei sua caricia e levar a outro lugar onde merecia ficar. Me entreguei a algo tão terno quanto seus lábios ao tocarem minha clavícula em um beijo molhado, abri meus olhos em encontro com os traiçoeiros e oblíquos a me queimarem por dentro, ele era assim, parecia inofensivo com um sorriso nos lábios e ao mesmo tempo nocivo com o veneno que escorria sob eles.

Ao encostar a ponta do nariz em meu pescoço sinto um calor emanando de dentro do peito, ardendo.

— Já faz mais de uma hora que estamos aqui. -comenta, esfregando a ponta do nariz em minha pele.

— Isso te incomoda? -levo minhas mãos até os fios lisos, emaranhando entre meus dedos. Jimin ergueu o rosto e me encarou com o olhar rígido.

— O que me incomodaria?

— Perder seu tempo comigo.

— Eu disse isso? -refutou erguendo as sobrancelhas — Você me subestima demais, Viollet.

— Eu não tenho culpa. -confesso — Talvez, se tivéssemos conversado há um tempo atrás, poderíamos ter evitado certos problemas.

— Temos problemas? -Jimin ergueu o tronco encostando no sofá — Nosso casamento é perfeito, você é maravilhosa e temos apenas um conflito em horários. Nada disso aconteceria se você estivesse em casa, esperando pelo o seu marido como qualquer esposa faz.

— Isso soou machista.

— Eu disse que não sou? -rolo os olhos e tento tirar as pernas de cima das suas, Jimin me segura pelos joelhos me impedindo de mover um músculo — Gostaria que entendesse, existe um conflito entre nós. Não é porque eu quero, é porquê fui criado dessa maneira é um pouco cultural.

— Lauren e Hoseok não passam por esse "conflito cultural".

— São dois idiotas. Desde quando você passou a moldar nosso relacionamento pelo o deles?

— Desde quando os dois passaram a não ter problemas.

Jimin estala a língua no céu da boca e ri desacreditado.

— Sua amiga falou pra você que um jogo de sexshop melhorou a vida sexual dela com o marido. Então, você colocou na sua cabecinha de que um joguinho patético iria me transformar em um ator pornô. -levantou bruscamente, um pouco endurecido pelas palavras que tinha dito. Conhecendo bem Park Jimin, sabia que aquele momento de trégua entre nós dois teria um fim, precisava reformular a rota e me desculpar por algo que não tinha cometido. Sempre era assim, não importava o motivo, quem estava errado ou certo. Jimin tinha o dom em me deixar completamente fora do eixo, me sentindo péssima se não fizesse o que ele mandava.

Hardcore ManOnde histórias criam vida. Descubra agora