Capitulo 104 - I won't break your heart

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POV KIM TAEHYUNG

Jungkook passou pela porta do meu quarto, bem mais estranho do que costumava a ser. A expressão em seu rosto me deixa um pouco desconfortável, por não conseguir ler o que se passava em sua mente.

Meu irmão é um ser humano previsível, fácil de se entender e ao mesmo tempo complicado. Suas ações são diferentes dos seus pensamentos, e nos últimos meses tudo o que ele fazia era se distanciar cada vez mais e mais da nossa família. E o seu único apoio emocional ser aquela amizade criada em uma momento difícil... Talvez, Viollet não estivesse bem o suficiente para entender que o rapaz também sofria seus próprios problemas e lutava sozinho contra eles.

Vê-lo desistir do restaurante me fez inveja-lo. Desprendido do que seria "seu" por direito, ele desmanchou aquela sociedade por uma única ação errada de Bieber... enquanto eu, tentava de todas as maneiras me livrar desse homem há mais de 15 anos.

Seus olhos se intrigam ao ver meu olho roxo, ele aponta em minha direção com o cenho franzido e a boca entreaberta.

- Que merda você fez dessa vez? -indagou. - metido com o Bieber de novo? -sua pergunta me faz recuar, balanço a cabeça negativamente.

- Não é o que está pensando.

- Cara! -Jungkook aproxima-se de mim, ele tenta encostar no hematoma e eu afasto seus dedos. - Você tomou um baita soco. Cadê seus seguranças?

- Isso não é nada.

- Parece que se meteu com um cara grande...

- Jeon. -falo com seriedade. - Fique tranquilo. Eu não me meti em nenhuma briga.

- Tem certeza? Se você quiser eu posso dar uns tapas...

- Foi a Viollet. -respondo após arfar. Jungkook me encara atônito e pende a cabeça pro lado direito, analisando as marcas. - Tivemos um acerto de contas.

Jungkook avançou em cima de mim na mesma velocidade que uma fera pega sua presa. Puxando pelo colarinho da minha camisa quase me suspende, eu seguro em seus pulsos.

- Se você encostou nela, eu juro por Deus que arranco seus dentes.

- Não! Eu não encostei nela. -afirmo. Jeon me solta com brutalidade e se afasta fazendo a menção de sair para procurá-la. - Ela não está em casa. -advirto.

- O que você fez?

- Eu não fiz nada. -respondo. - Porque você sempre pensa que estou tramando ou fazendo alguma coisa contra a mulher que amo?

- Da última vez que você tentou acertar as contas com a Viollet, ela teve um parto prematuro.

- Relaxa! Não aconteceu nada demais.

- Vai me dizer que aquela mulher... com aquelas mãos tão frágeis, te deu um gancho?

- Acredite se quiser.

- Porra! Ela deve te odiar pra caralho.

- Ou não. -o sorriso estampado em meu rosto é inevitável. - Vamos nos acertar, Jeon. -falo animado. - Eu tenho certeza que vamos voltar a ser o que éramos.

O rapaz coloca as mãos dentro do bolso de seu casaco, mira os próprios pés com uma súbita melancolia.

- Eu acho muito legal. Vocês se gostam. -seu tom mudou completamente, desfaleceu. - Sempre soube que vocês iriam superar qualquer problema. Mas, ela te bateu cara! Como isso vai levar ao que eram antes, se ela nunca foi violenta.

- Você não entendeu. -viro de costa, prendendo a atenção no espelho. Levo as mãos até a gravata para fazer o nó. - Aconteceu. Simplesmente, estávamos conversando e minutos depois fodendo. Foi... -suspiro. - Foi do caralho.

Hardcore ManOnde histórias criam vida. Descubra agora