Capítulo 56 - Backfire

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POV VIOLLET DISERÉ

Minhas mãos suaram como se estivesse prestes a me jogar da beira do precipício, o coração inquieto dentro do peito e aquele arrepio percorre por todo o corpo. Um sentimento de ansiedade mesclado com medo, quando todas as pessoas estavam paradas em frente à porta de seus quartos, inclusive as do meu lado oposto.

Não precisavam de máscaras naquele momento, todos já conheciam seus rostos por ficarem tanto tempo juntos nos dias anteriores. Mas, dessa vez era completamente diferente.

Por estarmos habituados a nós ver constantemente vestidos em cada uma daquelas atividades foi praticamente proposital, esquecerem da imagem dos corpos que viam regularmente despidos nas reuniões, os novos que estavam disponíveis para iniciação e de aqueles que minha cabeça jamais esqueceriam mesmo que nunca tivesse visto de fato.

Todos sem excessões estavam despidos, todos usavam máscaras que cobriam os olhos até um pouco mais abaixo do nariz. O que eu não esperava e que as luzes de toda a casa desaparecessem em uma escuridão de trinta segundos, até que ascenderam como luzes de emergência. Tudo era vermelho, um vermelho que me faz recuar um passo para trás encostando na minha porta, coloquei a mão por trás do corpo e puxei a maçaneta o que não esperava e que era estaria fechada.

Engulo minha própria saliva, olho para o lado e vejo a mulher do mesmo jeito que me encontrava. Sua diferença: existia um mestre que a guiou para fora do corredor, assim como se soubessem exatamente onde deveriam estar.

Eu tento passar despercebida entre os iniciantes, quase me escondendo com as mãos na frente do corpo. Não é a mesma coisa, não era como se eu fosse sair desse corredor e ir de encontro a Taehyung.

Os passos lentos ao observar todos ao meu redor, me afasto um pouco da escada ao perceber que no andar de baixo já existiam pessoas próximas o suficiente pra me fazer recuar.

Não me sinto confortável o suficiente, coloco meus cabelos na frente dos seios tentando esconde-los enquanto dou passos curtos no chão gélido. Meu coração estava com batidas errôneas, e eu juro que poderia escuta-lo. Talvez, fosse um erro gigantesco ou poderia ser uma das melhores coisas.

Ao chegar no topo da escada do segundo andar o grande corredor que ligavam aos outros já estavam sendo ocupados por algumas pessoas, andando normalmente, sem vergonha alguma de seus corpos, como se fossem um troféu que deveria ser exposto e admirados. Mesmo usando máscaras consigo perceber a satisfação que transbordando pela postura adquirida por eles, existia uma confiança, uma realização que transforma aquele lugar tão
hostil em algo mais seguro.

Parece que todos estão interligados de alguma forma, felizes por demonstrarem seu "eu interior".

Tento passar despercebida enquanto todos os outros falam alto, se beijam sem inibição no meio da escada com suas mãos apertando a pele, tentando ser apenas um único ser.

Era a noite livre, parecida com as do templo em Seattle e o que diferenciava são as salas abertas. Eu particularmente tinha medo do que poderia ver, ouvir ou participar. Já que minha consciência lutava de uma maneira estranha, com medo daquele meu lado que poderia me fazer arcar com consequências piores.

Em um divã com acolchoado purpuro tinha uma mulher loira sentada ao lado contrario, com as pernas esticadas e pés juntos em cima do colo de um homem grisalho, o que ela fazia com os pés o que eu mal saberia fazer com as mãos. Seus pés sobem e descem com uma precisão continua e suave, ela esta com seus olhos conectados aos dele, onde poderia descrever cada sentimento ao toca-lo daquela maneira, o homem a entendia tão bem a ponto dela arfar prazerosamente ao vê-lo morder o lábio inferior.

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