Capítulo 26 - Let me know

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Eu não me arrependo das coisas que faço.

Muito menos daquelas em que meu tesão, falava mais alto que a razão.

Meu celular ainda vibrava em cima das minhas coxas, ignorei todas aquelas mensagens ameaçadoras de Lauren. Aquela situação só cabe a nós dois.

— Parece que acabamos aqui. -Jimin falou arrastado, sem ao menos tirar os olhos do volante. O carro estacionado na porta de casa e aquele velho dilema. Devo continuar? Devo pedir pra que ele fique essa noite ou manter as coisas do jeito que está.

— Foi legal.

— Foi. -murmurou desapontado. Estala a língua no céu da boca. — Você não quer jantar comigo? Podemos sair.

— Ainda estou com essas roupas.

— Eu posso esperar por você. -suspiro cansada, balanço a cabeça negativamente enfatizando meu próprio pensamento. Acabe com isso de uma vez, foi apenas sexo. Uma recaída, é normal ter recaída quando você ainda ama o outro.

— Jimin. -chamo seu nome em um tom aveludado. — Podemos conversar?

— Sobre o que você quiser. -umedeço os lábios, abro a porta do carro e saio segurando o celular. Ele por sua vez, franziu a testa confuso.

— Você não vem? -pergunto. Ele olha na direção da casa e balança a cabeça negativamente.

— Precisa ser na sua casa? 

— Não vamos agir como se isso não fosse acontecer. -bato a porta do carro com força. Não espero ele se decidir se entrava na casa ou não, apenas faço meu caminho até a porta. Quando dou conta, Park estava me seguindo co as mãos no bolso da calça que usava, desconfiado como se tivesse acabado de cometer um crime.

A porta estava aberta.

A sensação de ter Jimin sobre o mesmo teto enquanto ainda sentia aquela diferença era um pouco estranha. Na verdade, depois do sexo, depois do tesão, as coisas voltavam ao normal e parecíamos dois estranhos sem saber até onde poderíamos chegar um com o outro.

Vestida em uma blusa sua emprestada que cabia em mim como um vestido, ainda usando por baixo uma de suas cuecas. Me sentia desconfortável, um pouco mais vulnerável. Seus olhos atentos a cada segundo torna sua presença um pouco mais convincente de que estamos errando em alguma coisa.

As lembranças parecem passar pelos os seus olhos a cada passo que dava, uma nostalgia que me contagiou em poucos segundos. Aquela manhã eu fantasiei com ele ali, de pé, conversando comigo. E agora, de fato, tinha Jimin com seus belos cabelos negros caídos sob os olhos, ainda desgrenhados enquanto procurava palavras para iniciar de fato alguma coisa.

O faço me seguir até o andar de cima, abro a porta do seu antigo escritório e o deixo entrar primeiro. Ainda com as mãos no bolso, olhou em sua volta e esboçou um sorrisinho tímido.

— É bom estar aqui. -balbuciou para si.

— Você tinha razão. -início o assunto. — Eu recebi uma coisa e quero que você veja. -direciono até a mesa do escritório, puxando a primeira gaveta. A carta estava aberta, não leio apenas entrego para Jimin. — Recebi alguns e-mails. Durante esses meses que esteve fora. Então, eu presumi que você pudesse pedir pra que eles parem.

Jimin leu o papel atentamente, não falou nenhuma palavra enquanto esteve de pé com o envelope nas mãos. Senti aquela pontada no peito, quando o homem ergueu o rosto e me encarou desfalecido. Sua face desmanchou-se em desgosto, as bochechas avermelharam assim como as orelhas e eu pude vê-lo suspirar. Sentei na cadeira em frente a mesa, próximo do homem que deixou o papel em cima da mesa e abaixou seu tronco ficando de joelhos na minha frente, estávamos praticamente na mesma altura e eu poderia enxergar a devastação dentro dos seus olhos.

Hardcore ManOnde histórias criam vida. Descubra agora